Quarta-feira às 14 de Maio de 2025 às 10:05:57
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Décadas de dedicação e histórias marcantes

Com o trabalho desenvolvido nas rádios em que trabalhava, Divonsir ganhou prêmios e reconhecimento

Décadas de dedicação e histórias marcantes

     José Divonsir Ferreira, ou somente José Divonsir, nasceu no Rodeio Santo Antonio em Balsa Nova. Desde criança gostava de ouvir rádio, e de cantar, e foi através da dupla formada com seu primo "Divonsir e Jucemir" que ele iniciou a carreira como radialista.
     A oportunidade veio após uma apresentação em um concurso de música na Rádio Legendária da Lapa (PR), e um show com um público de mais de 40 mil pessoas. Era músico profissional e associado da Ordem dos Músicos do Brasil. Depois foram convidados a ir para a Rádio Marumby, pelo apresentador "Zé Magrela", e no mesmo programa a dupla de Campo Largo "Milton e Miltinho" já fazia sucesso. Apresentaram-se algumas vezes no programa, o suficiente, para os ouvintes começarem a escrever cartas, pedindo músicas, e a dupla passou então a atender aos pedidos. "Um dia o locutor pediu para eu ler uma correspondência, pois tinha muita facilidade, li com muita perfeição e as pessoas começaram a pedir para eu ler", lembra.
     O dono da Rádio Marumby, Rinoldo Cunha também se interessou pelo trabalho de Divonsir e ele inclusive cedeu um horário para ele apresentar o programa. Abriu espaço para que fosse buscar patrocinadores, mas o lucro ficava para a rádio. "Não via lucratividade financeira nenhuma". Divonzir saía pela manhã da rádio para vender anúncios, ia até o Pinheirinho a pé, pois os seus pais só davam o dinheiro da passagem de ônibus, para ir de Campo Largo a Curitiba. Apesar da vocação para o rádio, no início da carreira os pais não davam o reconhecimento necessário, mais a mudança de opinião foi inevitável. "Já as pessoas de Campo Largo e região me deram muita motivação, recebi milhares de correspondências", conta.
     Após alguns meses, com pouco mais de 18 anos Divonsir estava com um programa diário e contrato renovado de um ano com a emissora. Mas o radialista não conseguia cobrir o custo do horário locado, mas o proprietário da emissora via o seu esforço, e o contratou como funcionário.
     Até hoje Divonsir lembra das dificuldades que encontrou no início da carreira. "Saia de Balsa Nova pela manhã e ia até a Rodoviária de bicicleta. Não almoçava, passava em frente a restaurante e só sentia o cheiro de comida, pois o dinheiro era contado para a passagem de ônibus".
     Divonsir ficou durante 12 anos na emissora Marumby, metade desse tempo como terceirizado, locou o espaço e vendia bastante propagandas, pois estava com uma aceitação boa. Foi quando iniciou alcançar os seus objetivos.
A saída da emissora foi em decorrência da venda e troca de programação, a nova direção não permitia mais a apresentação de programas de natureza sertaneja e utilidade pública, como era o seu, o "Chacrinha Sertaneja", o qual apresentou em todas as emissoras. Mas o novo dono, Matheus Iensen ajudou Divonsir a ir para a Rádio Capital.
     Divonsir tinha a desenvoltura, mas a parte técnica precisou aprender, e teve como professores os melhores radialistas do Brasil. "Uma das melhores escolas também é a observação", comenta. Além de aluno, Divonsir também foi professor, ensinou o "modo de se fazer rádio" para muita gente.

Emissoras
     Na época, a Rádio Capital era uma das maiores redes de comunicação do Brasil. Ficou 18 anos como contratado, e apresentava o "Chacrinha sertaneja". Chegou a ficar em 3º lugar no ibope entre as rádios de Curitiba.
     Durante mais de 18 anos, Divonsir conciliou o trabalhou de radialista na Rádio Capital com a função de diretor-presidente da Rádio Difusora de Balsa Nova, onde tinha um vínculo empregatício e foi um dos fundadores da emissora. Na Rádio Difusora não apresentava programa, mas costumava cobrir férias dos locutores, chegou a ficar 24 horas no ar ao vivo. Sua esposa, Luci, também se tornou locutora e sempre acompanhava os trabalhos de Divonzir, as três filhas do casal cresceram ouvindo rádio.
     Nos programas que apresentou costumava encerrar a programação com um momento de oração católico, trabalhou muitos anos com o Padre Alcides Zanella, "a vida tem mais cor e luz quando se vive com Jesus, pois o Espírito de Deus nos conduz. Para atingir os seus objetivos não ande sozinho, nem na contramão, ande com Jesus no coração. Amém".
     Com a possível venda da Rádio Capital, Divonsir passou a trabalhar na Rádio Cultura e ficou durante um ano, depois foi locada para programas evangélicos.
Atualmente o radialista não apresenta programa diário, mas é contratado da Rádio Tropical, onde faz parte da direção comercial da emissora. E faz propagandas ao vivo dos pontos comerciais nos programas do Aldo Tschoke, onde costuma fazer com anúncios usando rimas e ajuda comercialmente no programa do J. Amorin também da Rádio Ágape.
     Em todos os programas que apresentou, Divonsir sempre fez as propagandas ao vivo, e em decorrência disso recebeu prêmios, como a vez entre eles um ano de medicamentos gratuitos do laboratório farmacêutico que produz o Melhoral Infantil.
     Divonsir também foi jurado de televisão em um programa de auditório no canal 6 "Brasil Viola" por cerca de cinco meses e fez locução comercial em um programa televisionado. Há 35 anos no rádio, ele considera que tem tudo pela frente.