"A nossa luta unificou. É aluno, funcionário e professor" declararam manifestantes na manhã de sábado contra o Governo Estadual.
Segundo o que foi divulgado pelo APP Sindicato, ?fizemos primeiro balanço das ocorrências dos últimos dias, principalmente a batalha campal ocorrida nesta quarta-feira, dia 29, e deliberamos por uma série de atividades até a nossa assembleia, que será realizada dia 5 de maio, terça-feira. Até lá, a nossa greve continua?, informou o presidente da APP, professor Hermes da Silva Leão. Segundo ele, os(as) educadores(as) esperam que toda a sociedade participe da caminhada, pacífica, levando livros, flores, faixas e cartazes, mostrando que a educação suplanta a violência. ?E queremos voltar a ocupar a Praça Nossa Senhora de Salete da forma como sempre fizemos, com entusiasmo e garra, e, sempre, de forma pacífica?, ressaltou o presidente da APP".
Programação: 04 de maio (segunda-feira) Reunião do Conselho Estadual da APP-Sindicato, na sede estadual, às 15h.
05 de maio (terça-feira) Ato Público Estadual em Curitiba com concentração às 9h na Praça 19 de Dezembro (Praça da Mulher e Homem nus) e marcha até o Palácio Iguaçu.
05 de maio (terça-feira) Assembleia Estadual em Curitiba, com primeira convocação às 14h30 (o local está sendo definido).
06 de maio (quarta-feira) Audiência Pública Nacional dos Direitos Humanos (o local está sendo definido).
No site do Governo Estadual foi divulgado que o governador Beto Richa "defendeu a operação policial e disse que um inquérito será aberto para investigar se houve abusos. A confusão começou com militantes black blocs que, infiltrados no movimento, atacaram os soldados da Polícia Militar para invadir a Assembleia Legislativa. Sete integrantes do movimento foram presos atirando pedras e coquetéis molotov contra os policiais. ?Eu pedi a polícia e aos professores o máximo de comedimento para evitar ao máximo o confronto. O grande problema é que havia integrantes de outros movimentos radicais infiltrados em meio aos manifestantes?.
Richa explicou que houve diálogo na elaboração do projeto de ajuste da Previdência, que foi acompanhado por especialistas e membros dos sindicatos. O governador criticou o sindicato dos professores, que, de acordo com ele, agiu de má-fé para gerar desgaste ao governo estadual. ?Eles fizeram parte da discussão do projeto, mas não repassaram as informações aos seus filiados. Pelo contrário, mentiram dizendo que iríamos acabar com a Previdência dos servidores?.
A motivação da greve também foi questionada pelo governador. ?Um movimento sem justificativa e sem razão, até porque atendemos todas as revindicações dos professores?, disse. Em quatro anos, o Governo aumentou em 60% o salário e em 75% a hora atividade dos professores. ?Fui o governador que deu o maior aumento salarial da história do Paraná, e com certeza um dos maiores do Brasil?, afirmou Richa.