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APP consegue na Justiça ordem para entrar na Alep

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28/04/2015

Fonte: APP Sindicato | Foto: Joka Madruga

No início desta manhã, a direção estadual da APP-Sindicato foi notificada, lá mesmo na Praça Nossa Senhora da Salete, sobre a decisão do Supremo Tribunal de Justiça do Paraná que garante aos(às) trabalhadores(as) da educação o direito ao acesso no Plenário da Assembleia Legislativa do Estado, quantas vezes forem necessárias, durante a votação do PL da ParanáPrevidência. 
 
A categoria e o Sindicato mantêm-se firmes no propósito de resistência. Os(as) trabalhadores(as) continuam no Centro Cívico e farão de tudo para que a decisão da Justiça seja cumprida, apesar de todo aparato policial do Estado ter sido colocado a favor da segurança dos interesses do governador Beto Richa (PSDB).
 
 

Na segunda-feira foi divulgada matéria sobre a manifestação em frente à Alep:

A indignação dos educadores e educadoras que estão se manifestando em frente à Assembleia Legislativa do Paraná é grande. E não é para menos já que a Casa do Povo está cercada por policiais que impediram que os educadores(as) entrassem na Alep para acompanhar a sessão plenária de segunda-feira  (27).

O presidente da Assembleia chegou a dizer que essa atitude é para impedir a ação de “vândalos” na Alep. Não bastasse o governador Beto Richa chamar os(as) educadores(as) de baderneiros, agora, segundo o deputado Ademar Traiano, são “vândalos” também.

O sentimento é de revolta. Os educadores e educadoras estão exigindo o respeito aos seus direitos e isso parece, no mínimo, o dever do Estado. A professora Maria Aparecida Genovês veio de Maringá para Curitiba e ficou decepcionada por não poder acompanhar a votação de um projeto que vai afetar sua aposentadoria.  “Viajamos todo esse trecho com a expectativa de assistir uma sessão que está decidindo sobre o nosso futuro, mas infelizmente chegamos aqui e encontramos esse grande cerco policial”, desabafa.

Maria destaca que, apesar de tudo isso, os(as) educadores(as) vão lutar por seus direitos até que a situação mude. “É uma decepção e uma tristeza sabermos que temos um governo eleito que impede o povo de lutar por seus direitos. Além de não pagar o que nos deve, ainda impede de acompanhar o futuro da nossa previdência. Mas vamos ficar aqui até que seja resolvido”, destaca.

O professor Edmilson Rodrigues da Silva é de Apucarana e também ficou revoltado com a situação. “No dia 10 de fevereiro eu achei que tinha chegado ao meu limite de indignação, mas hoje superou tudo o que eu havia pensado. Estou me sentindo desrespeitado, acho que o governo extrapolou todos os limites tomando essa medida”, destaca.

O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, destaca que é uma ação autoritária do governo com todos os(as) servidores(as) públicos(as) do Estado. “Uma medida arbitrária e antidemocrática da presidência da Assembleia Legislativa do Paraná que, através de um interdito proibitório de não ocupação, entendeu que ninguém deveria ocupar as galerias da Alep e impediu a entrada de qualquer pessoa”. Além disso, Hermes destaca que uma atitude como essa vai contra as ações de um Estado que se diz democrático. “Estamos acompanhando pelo caminhão de som um debate que deveria ser acompanhado ao vivo”, finaliza ele.

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