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Ovos de chocolate

03/04/2015

Páscoa terá menos ovos de chocolate para as crianças
 

Ovos de chocolate

03/04/2015

Por:Luis Augusto Cabral

Os preços elevados e a crise econômica que o País enfrenta estão contribuindo para a redução do volume de venda de ovos de chocolate, nesta Páscoa. A retração do mercado é de aproximadamente 30% e nem as promoções previstas para os últimos dias devem “esquentar” as vendas. A previsão de vendas, de empresários do ramo, em Campo Largo, é de uma Páscoa com pouco chocolate.

A Reportagem da Folha visitou, esta semana, supermercados e lojas da cidade para ver como estão as vendas dos ovos de Páscoa. Em todos, a perspectiva é negativa de vendas, e lucros em baixa. Há uma tendência forte dos consumidores optarem pela compra de barras de chocolate, em vez do ovos. “Muita gente está fazendo os ovos em casa, fica muito mais barato”, explicou um dos empresários.

Vendas
Um dos maiores revendedores de ovos e barras de chocolate, na cidade, o empresário João Batista Agio, não está mais vendendo ovos de chocolate. Ele, que já chegou a vender até seis toneladas de ovos e chocolates, nesse período de Páscoa em anos anteriores, no ano passado não chegou a vender uma tonelada e registrou prejuízos nesta atividade. Para 2015, não comprou nenhum ovo, preferindo vender apenas as barras de chocolate, para os consumidores que decidiram fazer os ovos em casa.

Outro empresário do ramo, João Carlos Druziki, também registra redução no volume de vendas de ovos de chocolate, nos últimos anos. Em 2015 ele espera uma redução de 20%, em relação às vendas de 2014. “Os preços estão mais elevados e ovos menores, aliados à baixa procura pelos consumidores”, explica ele. A Reportagem também encontrou uma representante de uma indústria de chocolates: “Eu já encerrei as vendas, esse ano, menos 30%, se compararmos com o ano de 2014”, disse ela.

Numa rápida passagem pelos maiores pontos de vendas de ovos de chocolate, na cidade, nesta quarta-feira, nos grandes supermercados e lojas de departamentos, foi possível verificar que os “ninhos” continuam cheios. Nesta época do ano, faltando apenas três dias para a Páscoa, o natural era esses “ninhos” estarem quase vazios. Alguns vendedores concordaram com a queda nas vendas, dizendo que “o povo está sem dinheiro”.