28/03/2015
Obras têm gerado caos na BR-277 e marginais
28/03/2015
Por: Danielli Artigas de Oliveira
Milhares de carros e caminhões, todos os dias, formam filas quilométricas na BR-277 entre Campo Largo e Curitiba. O trecho, que antes era percorrido em cerca de 20 minutos, tem durado pelo menos o dobro do tempo durante o dia e cerca de duas horas nos horários de pico.
O stress tem sido geral, principalmente aos trabalhadores e estudantes que precisam ir todos os dias à capital, e muitos campo-larguenses têm registrado suas reclamações na redação da Folha. Para quem precisa resolver algo em Curitiba, a programação de saída de carro tem sido pelo menos uma hora antes de Campo Largo. De ônibus, os atrasos têm tirado a paciência de muitos usuários, que enfrentam longas filas.
Quem também está sofrendo muito com a obra são os moradores das marginais, as quais são caminhos alternativos para Curitiba. As ruas, que já precisavam de melhorias, têm ficado cada vez piores devido ao aumento no tráfego de veículos. São grandes os buracos e desníveis na rua, além da falta de calçada, oferecendo perigo aos pedestres. Esta semana a Folha recebeu reclamação de moradoras da marginal próxima ao Km 110 da BR-277. Uma delas solicitou reportagem no local, “pois devido a essas obras que vem ocorrendo os moradores e empresários vem sofrendo com tamanha poeira, lama devido ao fluxo de carro que passa nesse local”. Essa leitora, que trabalha em uma empresa no local, pede colaboração dos motoristas que utilizam esta via, para que respeitem e andem devagar.
Outra leitora mostra sua indignação: “Essa marginal da BR 277 Km 110 está uma porcaria. Sem condições. As casas têm que ficar o dia inteiro fechadas, mas mesmo assim entra pó, não adianta mais lavar a calçada, os carros. Vou e volto do trabalho comendo pó pela estrada e ainda correndo risco de ser atropelada, porque passa uns loucos que acham que é pista de corrida. O pior de tudo é que está formando mais buracos, tem valetas enormes, porque não é só carros pequenos que passam, também têm ônibus e caminhões. Cadê as autoridades pra fazerem um asfalto aqui? Porque com certeza quando os bonitos estão indo sentido Curitiba cortam o caminho por essa marginal, passam e não estão nem aí com a situação, porque a frente da casa deles é asfaltada né, por que se importariam com isso? Querendo ou não, este é um caminho alternativo para quem quer cortar um trecho do congestionamento, sendo assim deveria estar asfaltado como é na Rondinha. Até quando vamos ter que aguentar isso???”.
A Folha, na quarta-feira (25), recebeu a ligação de outra leitora, a qual relatou que todo dia precisa ir para Curitiba para trabalhar e para isso tem escolhido caminhos alternativos. “Ando todo dia cinco quilômetros em estrada de chão. Estou acabando com o meu carro. Entro na BR277 todo dia pelo mesmo lugar e desde quinta-feira [dia 19] vejo que as obras estão paradas neste ponto, assim como vai terminar?”, reclama. Ela ainda fala dos engavetamentos que têm acontecido e a falta de respeito de muitos motoristas que passam pelo acostamento.
RodoNorte
A Folha questionou a assessoria da RodoNorte sobre a possibilidade de iniciar a obra após às 8 horas, para que o trânsito fique liberado no horário em que é grande o fluxo de veículos, e que terminasse antes do horário de pico. A informação é que quando é possível iniciar às 8 horas, a equipe tem feito isso, mas a dinâmica da obra não permite que isso ocorra com frequência, o que faria com que as obras durassem um período mais longo. De acordo com a RodoNorte, a obra está dentro do prazo e respeitando o cronograma. Liberar a pista em alguns horários poderia causar acidentes devido ao desnível da pista devido às obras.