27/02/2015

A Prefeitura de Campo Largo promoveu na manhã da última quarta-feira (25) a prestação de contas do ano de 2014. A audiência pública ocorreu no plenário da Câmara Municipal, onde o Prefeito Affonso Portugal Guimarães explanou a membros do Governo Municipal, jornalistas e vereadores a aplicação do orçamento do município no último ano. Nove vereadores estiveram presentes. Os vereadores Júnior Torres e Luiz Rossato não compareceram à audiência.

O Prefeito iniciou a reunião falando das expectativas para Campo Largo neste ano. Mesmo preocupado com a crise enfrentada pelos governos Estadual e Federal, o Prefeito acredita ainda sim que é possível desenvolver um bom trabalho pensando na população campo-larguense. “Apesar de sermos um dos municípios mais ricos do Estado, também temos dificuldades financeiras. Para garantir um ano pensando no bem-estar da população, temos tomado medidas prudenciais no gasto público, ordenando inclusive a contenção de gastos”, comenta a autoridade.

Entre as medidas adotadas pela atual administração pública está o corte de quatro secretários municipais e a redução do número de cargos comissionados. Atualmente, Campo Largo registra o menor índice de ocupação de cargos dessa natureza na sua história: dos 250 disponíveis, 230 estão ocupados. Em 2007, por exemplo, a Prefeitura chegou a sustentar mais de 800 cargos de nomeação política.

Entre os parlamentares, o debate sobre as contas do Executivo foi claro. Segundo a Vereadora Fernanda do Nelsão, a audiência esclareceu diversos pontos. “Foi perfeita, os números batem. Entendemos e sabemos das dificuldades que temos no nosso município. Como estamos passando por dificuldades no Estado e no Governo Federal, é impossível Campo Largo não sentir o reflexo dessa crise”, disse.

Crise
O Prefeito Affonso Portugal Guimarães revelou ainda durante a audiência que desde novembro do ano passado, o Governo do Estado não paga à Companhia Campolarguense de Energia (Cocel) as contas de energia dos colégios estaduais do município e do Hospital Infantil.
O Prefeito não revelou números, mas especula-se que a dívida ultrapasse os R$ 2 milhões. A falta de repasse do Governo do Estado para o custeio do transporte escolar é outra preocupação. Campo Largo não recebe desde o ano passado as cotas de responsabilidade do Estado referentes ao transporte de alunos da Rede Estadual de Ensino.

Guimarães afirmou ainda que, para garantir o atendimento emergencial do Corpo de Bombeiros em Campo Largo, ele ordenou a Secretarias Municipais de Segurança e Finanças que, em caso de desabastecimento, as viaturas sejam abastecidas com dinheiro do município.
“O mesmo vale para as viaturas da Polícia Militar. Se faltar combustível do Estado, iremos garantir que sejam abastecidas pela Prefeitura. A população não pode ser penalizada. Como Prefeito, farei o que estiver ao meu alcance para minimizar os danos dessa crise”, finalizou a autoridade.