19/02/2015
Por Luis Augusto Cabral
Há mais de dois anos, a família do mecânico industrial José Burcot convive com um problema sério. Ele e a família moram na Rua Roraima, onde existe uma Estação Elevatória de Esgoto (Pirâmide), da Sanepar, e sofrem com o vazamento de esgotos que entra na sua casa, causa uma série de transtornos e já causou problemas de saúde para os membros da família. Eles já tentaram tudo, mas não conseguiram resolver o problema.
A Reportagem da Folha de Campo Largo foi chamada para conferir o drama da família. A casa de José fica bem ao lado da estação, inaugurada há cerca de três anos. Há dois anos e meio começou um vazamento de esgoto, da estação, através do barranco. Com o tempo o vazamento aumentou muito, ao ponto de invadir a casa com um líquido de odor insuportável. Dona Ana, a esposa, é quem mais se preocupa e tem que ficar limpando tudo, o dia inteiro.
Esgoto
José e sua esposa Ana, já chamaram os técnicos da Sanepar dezenas de vezes. O problema é maior quando chove, porque aumenta muito o volume do líquido fedorento que se espalha pelo quintal e, às vezes, entra até na casa. “Não dá pra suportar mais”, disse ela, explicando que o mau cheiro atormenta a família 24 horas por dia. “Nos dias quentes fica ainda mais insuportável”, explica. Ela lembra que a filha mais nova já teve problemas sérios, de saúde, com diarreia e vômito, por causa da contaminação.
O vazamento do esgoto também já causou prejuízos econômicos a José, que tinha uma série de máquinas instaladas em um barracão colado ao barranco, ao lado da estação. A parede do barracão não segurou e o esgoto se infiltrou, inundando tudo. “Não dá para manter nenhuma atividade aqui”, explicou ele adiantando que não pode ligar nenhuma máquina.
A Reportagem da Folha entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da Sanepar, recebendo informações de que uma equipe técnica já esteve no local e que levantou a necessidade de realização de obras emergenciais, para acabar com o vazamento. A Assessoria adiantou, ainda, que as obras serão realizadas imediatamente e que em alguns meses aquela estação será desativada.
Segundo a Assessoria da Sanepar, a estação não foi construída pela empresa, mas pela construtora que entregou um condomínio, nas proximidades. Há dois anos e meio a Sanepar assumiu o controle da estação, mas os vazamentos ocorreram devido a uma pane de energia, uma inversão do fluxo de energia, que paralisou as bombas. Adiantou a empresa, que o morador poderá ser ressarcido dos prejuízos, se entrar com pedido junto à empresa, comprovando com fotos e após perícia dos técnicos da companhia, em sua residência.