Governo suspende ‘pacotaço’ e manifestantes comemoram
13/02/2015
Por Danielli Artigas de Oliveira
O clima foi de muita tensão para votação do ‘pacotaço’ do Governo na Assembleia Legislativa do Paraná. Milhares de professores e funcionários públicos tomaram conta da região da Alep e aos poucos tomaram conta do local, até chegar a um confronto sério com policiais. O clima tenso no local não permitiu a continuidade da votação, que foi cancelada sem informação precisa de quando e onde será. Após toda a situação que foi criada, os deputados ainda discutirão como as medidas serão votadas, mas a possibilidade é de que sejam separadamente.
Para chegar à Assembleia para votação, prevista para às 14h30min desta quinta-feira (12), os deputados foram escoltados por policiais militares até o quinto andar do prédio onde antes funcionava um restaurante e que seria o local da votação, já que o plenário estava tomado. Os deputados chegaram a ser coagidos pelos manifestantes e permaneceram por horas dentro da Assembleia.
Luiz Cláudio Romanelli, líder do governo na Assembleia, informou que o ‘pacotaço’ será tirado de tramitação. O secretário-chefe da Casa Civil, Alexandre Teixeira, em documento oficial solicitou a retirada dos projetos PLC 06/2015 e PLO 60/2015 para reexame. Com o documento, servidores comemoraram o resultado das manifestações e começaram a desocupar a Assembleia.
PSC
O deputado Alexandre Guimarães informou pela rede social que “a bancada do PSC pediu ao Estado a retirada definitiva do pacote de medidas para corte de gastos, anunciado pelo governo do Estado. O governador acatou o pedido e o diretor da Casa Civil já oficializou.
O primeiro projeto que veio para cá foi recusado pela nossa bancada, tanto que votamos contra a Comissão Geral. Então, o governo enviou uma emenda substitutiva retirando os três pontos que afetariam os professores (PDE, auxílio transporte e quinquênio e anuênio) e garantindo que os recursos do Fundo seriam usados exclusivamente para previdência.
Porém, com a ocupação da Assembleia e os diversos movimentos políticos de especulação, houve muitas informações distorcidas chegando à população. Por isso, achamos que o melhor para o momento é pedir o encerramento da sessão e a retirada definitiva do pacote enquanto discutimos a melhor alternativa. Ainda não temos previsão de quando o assunto volta para a pauta.
O diálogo sempre foi e sempre será nossa forma de atuação, ouvindo os dois lados e decidindo com responsabilidade. Vamos conciliar os direitos dos servidores e a necessidade de corte de gastos do governo de uma forma pacífica e muito bem planejada”.