08/02/2015
Sanepar testa novo Sistema de Captação e Tratamento de Água
08/02/2015
Por:Luis Augusto Cabral
Em meados de maio próximo, 90% de toda a água consumida em Campo Largo virá de uma única fonte, a represa do Rio Verde, na divisa de Campo Largo e Araucária. São 320 litros por segundo, que serão captados do manancial e tratados em uma moderníssima Estação de Tratamento, totalmente controlada por computadores e levada até os reservatórios, de onde chegarão às torneiras das residências prontas para o consumo humano.
Esta semana a empresa iniciou os testes de pré-operação do sistema de Adução, que serão concluídos em meados de março. A partir daí serão realizados os testes de Operação Assistida (testes de distribuição de água), que deverão estar concluídos até meados de maio. Nesse período os consumidores poderão notar algumas pequenas oscilações no fornecimento de água. Em meados de maio todo o sistema estará em pleno funcionamento.
Água
A Reportagem da Folha de Campo Largo visitou, esta semana, todo o novo complexo de Captação e Tratamento de Água do Rio Verde e entrevistou, com exclusividade, os engenheiros da Sanepar, responsáveis pela obra, Francisco Guedes e Mario Samways; Marcos Fávaro, engenheiro coordenador de Operações dos Sistemas Isolados da Sanepar, e Marcos Mattos Leão, gestor da Sanepar em Campo Largo.
As obras nas adutoras e na Estação de Tratamento estão praticamente prontas, estão sendo realizados testes em todo o Sistema e do controle via computadores. Foram gastos dois anos, desde o início das obras, em 2013, a um custo de cerca de R$ 40 milhões, com recursos do Governo do Estado, financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento).
A partir de maio, quando o Sistema do Rio Verde entrar em operação, será desativado o Sistema do Itaqui, cuja Bacia será desafetada, liberando toda a região do Itaqui e Fazendinha para a implantação do Distrito Industrial do Município. Outro detalhe do novo Sistema é a sua longevidade, que está dimensionado para captar, tratar e fornecer água pelos próximos 15 anos, mas já existe projeto para a sua ampliação, em 2020, acompanhando o crescimento da cidade de cerca de 3% ao ano, aumentando a produção e levando o horizonte para 2050.
Durante os dois anos de obras, foram mobilizados cerca de 200 funcionários (empregos diretos), de construtoras e mais de mil empregos indiretos. Todo o Sistema de Supervisão e Controle Informatizado custou cerca de R$ 8 milhões, e será operado remotamente por dois funcionários por turno.
Com a nova ETA, apenas os sistema do Guarani, recentemente ampliado, Cercadinho, Guabiroba e São Caetano, continuarão operando, oferecendo juntos cerca de 10% do fornecimento de água no Município. Continua o sistema da Ferraria, recebendo água da rede do Passaúna.
Guarani
Em dezembro último a Sanepar concluiu as obras de ampliação do Sistema do Jardim Guarany, com reforço na Produção, Tratamento e Reservação. Eram apenas três poços, foi perfurado o quarto poço, elevando de 50m3 para 180m3 a capacidade de Produção, Tratamento e Distribuição de água, na região. Hoje a oferta de água naquele sistema é superior à demanda e há um horizonte folgado, acompanhando o crescimento populacional natural, da região.
Os engenheiros da Sanepar, entrevistados pela Folha, mostraram-se satisfeitos com as obras e garantem que os campo-larguenses terão, a partir de agora, muito mais segurança no fornecimento de água, agora e nas próximas décadas.