Transporte coletivo de Curitiba opera com 80,28% da frota, garante prefeitura
28/01/2015
Fonte: Banda B. Foto: Danaê Bubalo
A circulação de ônibus do transporte coletivo de Curitiba está sendo feita, de acordo com registro do Centro de Controle Operacional (CCO) da Urbs, com 80,28% da frota. Essa medição foi realizada às 8 horas desta quarta-feira (27). De acordo com decisão do desembargador Luiz Eduardo Gunther, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em audiência conciliatória na tarde desta terça-feira (27), o serviço deveria ser prestado desde a tarde de ontem com 80% da frota.
Esse porcentual foi atingido apenas na manhã desta quarta. Até as 22 horas de terça circulavam 153 carros, ou 14,75% da frota para este horário, que seria de 1037 ônibus.
O CCO registra problemas de circulação das linhas nos pontos próximos ao protesto dos metalúrgicos da Grande Curitiba (CIC, Campo Comprido, BR 277 em São José dos Pinhais), além de carros abandonados com pneus vazios nos terminais do Barreirinha e Santa Cândida que impedem a saída de outros ônibus. Em função do protesto dos metalúrgicos, o terminal do Caiuá está isolado e no Campo Comprido não chegam alimentadores, porém os expressos estão saindo normalmente. A empresa Almirante Tamandaré ainda não colocou ônibus na rua.
Os carros cadastrados para o transporte alternativo, que operaram nesta segunda (26) e terça-feira (27), não poderão mais transportar passageiros, assim como circular nas canaletas ou cobrar valores.
TRT
A audiência conciliatória no TRT, na tarde de terça-feira, teve a presença de representantes dos sindicatos dos motoristas e cobradores (Sindimoc), das empresas de transporte coletivo (Setransp), Urbs e Comec.
Com a garantia pelo governo do Estado de depósito de R$ 5 milhões até quinta-feira (29), recurso que irá para o pagamento da quinzena salarial dos trabalhadores, foi possível o acordo. A frota volta a rodar em 100% quando o dinheiro for depositado. O governo do Estado deve, no total, R$ 16,5 milhões para a Rede Integrada de Transporte, referente à operação das linhas metropolitanas.
Paralisação
Nenhum ônibus saiu das garagens nas madrugadas desta segunda e terça-feira. Com a deflagração da greve, a partir da zero hora, a porta das garagens foi bloqueada pelo Sindimoc, que impediu até mesmo a saída dos madrugueiros. A greve foi decidida pelo não pagamento do adiantamento salarial previsto em contrato, o chamado “vale”.
Estima-se que mais de duas milhões de pessoas tenham sido prejudicadas no primeiro dia de paralisação. A Urbs chegou a abrir o cadastramento de veículos particulares para oferta de transporte alternativo. O preço autorizado é de R$ 6,00 por passageiro.