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Geral

Legrand

24/01/2015

Legrand ainda não acertou a demissão de 35 funcionários

Legrand

24/01/2015

Por: Luis Augusto Cabral

Dos mais de 300 funcionários demitidos em agosto de 2014, quando do fechamento da unidade da empresa em Campo Largo, a Legrand ainda não acertou a demissão de cerca de 35 deles. Na tarde da última segunda-feira, eles se reuniram no portão da empresa, para reivindicar seus direitos. Eles estão sem Vale Mercado e sem Plano de Saúde, desde dezembro último, e alguns precisam de atendimento médico.

Junto com representantes do Sindicato dos Metalúrgicos, os funcionários da Legrand alegam quebra de acordo por parte da empresa, que só aceita realizar a homologação da demissão com pagamento em dinheiro do Plano de Saúde e do Vale Mercado. A maioria dos funcionários diz até aceitar o Vale Mercado em dinheiro, mas não aceita o pagamento do Plano de Saúde, da mesma forma porque, segundo eles, o valor é irrisório.

Saúde

Os trabalhadores alegam que cerca de R$ 90,00 por dependente, para pagar o Plano de Saúde, não corresponde à realidade, uma vez que as operadoras cobram cerca de R$ 700,00 para contratar um novo plano familiar. “O que eles querem pagar não cobre os custos”, explicou uma das funcionárias que adianta: “A Unimed não está mais atendendo a gente, diz que o plano está encerrado”.

Uma funcionária, que está grávida, disse que a sua situação é ainda pior, porque teve que interromper o acompanhamento da gravidez, no meio do caminho. A quebra de braço dos trabalhadores e do sindicado, contra a empresa, já se arrasta há vários dias. Na segunda-feira eles prometeram acampar em frente aos portões da fábrica desativada, no Botiatuva, para exigir o cumprimento do acordo, feito com a empresa em agosto do ano passado. Se não forem atendidos em Campo Largo, eles planejam fretar um ônibus para ir a São Paulo, onde pretendem acampar em frente à empresa, para reivindicar seus direitos.

Há, ainda, casos como o de Eni de Souza Chaves, que estava afastada por acidente  de trabalho (tendinite), foi submetida a oito cirurgias e, agora, descobriu que não pode continuar o tratamento porque o plano de saúde foi desativado. Ela reclama, também, do fim do Vale Mercado, que faz muita falta, e da demora para homologar sua rescisão, para poder resgatar os recursos da conta do FGTS.
A Reportagem da Folha de Campo Largo tentou contato com a representante da empresa, em Campo Largo, mas não obteve resposta. Nesta terça-feira ela iria para Caxias do Sul, onde a empresa possui uma unidade e para onde alguns funcionários de Campo Largo foram transferidos, para finalizar o trabalho de enceramento da unidade campo-larguense. O Sindicato montou um balcão de atendimento aos funcionários na frente do portão da empresa, prometendo ficar lá até que o problema seja resolvido.