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Sindimovec

Sindimovec reafirma luta pelos direitos dos trabalhadores e do emprego.

Sindimovec

16/01/2015

Adriano Carlesso, Presidente do Sindimovec, tem reafirmado aos trabalhadores campo-larguenses a necessidade de união da categoria em defesa do emprego e dos direitos conquistados com muita luta e sacrifícios nas últimas décadas. Já no início de um novo ano os trabalhadores sentem seus direitos ameaçados.
O dirigente sindical vê com preocupação as recentes medidas do governo federal, editadas na virada do ano, publicadas em 29 de dezembro, em pleno clima de festas de final do ano, sem qualquer consulta ou discussão prévia com a representação sindical dos trabalhadores.

Redução de direitos
As Medidas Provisórias – MP 664 e MP 665, baixadas com base no argumento do “ajuste fiscal”, tão festejado pelos patrões e pela sua mídia, prejudicam os assalariados, atacam e reduzem direitos referentes ao seguro-desemprego, abono salarial (PIS-Pasep), seguro-defeso, auxílio-reclusão, pensões, auxílio-doença e, ainda, estabelecem a terceirização da perícia médica, para o âmbito das empresas privadas.
As medidas incluídas nas duas MPs prejudicam os trabalhadores ao dificultar o acesso ao seguro-desemprego com a exigência de 18 meses de trabalho nos 24 meses anteriores à dispensa, num país em que a rotatividade da mão de obra é intensa, bloqueando em particular o acesso de trabalhadores jovens a este benefício social. As novas exigências para a pensão por morte penalizam igualmente os trabalhadores: enquanto não se mexe nas pensões de alguns “privilegiados”, restringem o valor do benefício em até 50% para trabalhadores de baixa renda.

Trabalhadores sairão às ruas
Reunidas na sede nacional da CUT em São Paulo, as centrais sindicais brasileiras – CUT, Nova Central (NCST), Força Sindical, UGT, CTB e CSB – manifestaram publicamente sua posição contrária às duas Medidas Provisórias e exigem sua revogação, cobrando do governo federal os compromissos assumidos com a “pauta trabalhista”.
Também aprovaram um intenso calendário de mobilização dos trabalhadores para os próximos meses. Já está marcada para a próxima segunda-feira (19) uma reunião com os ministros do Trabalho Manoel Dias, e Miguel Rosseto, da Secretaria Geral da Presidência da República.

Dia Nacional de Luta
Também está marcado para 28 de janeiro o "Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e dos Direitos". Em todo o país deverão ocorrer paralisações, atos e assembleias. Já a nova "Marcha da Classe Trabalhadora" ficou para 26 de fevereiro, em São Paulo.
Segundo líderes sindicalistas, o governo sofre violenta pressão do patronato, e tende a fazer o ajuste na economia à custa dos trabalhadores.
Adriano Carlesso,  ressalta que os trabalhadores devem permanecer mobilizados e lutar pelos seus direitos, lembrando o discurso de posse da Presidente Dilma para o seu segundo mandato: “Não permitiremos nenhum direito a menos”. Carlesso deseja que esse discurso agora se viabilize e que o governo retome o diálogo com os trabalhadores.