26/12/2014
Três mil pessoas assistiram teatro sobre uso eficiente da energia
26/12/2014
A apresentação realizada neste mês no CEU – Meliane encerrou a temporada deste ano da peça “Família sem noção, só confusão!”. O teatro foi promovido pela Companhia Campolarguense de Energia – Cocel, como parte do Programa de Eficiência Energética promovido em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. O público chegou a três mil expectadores, em 13 apresentações.
Com entrada gratuita e voltada a toda família, a peça levou um pouco de diversão e conhecimento a diversos bairros da cidade. A energia elétrica está presente no cotidiano de toda família e muitas vezes essa energia é mal utilizada e desperdiçada. Adultos e crianças dos bairros Jd. Guarani, Bateias, Cercadinho, Rivabem, Ferraria, Dona Fina, Itaqui, Centro, Águas Claras, São Silvestre, Três Córregos, Bom Jesus e Jd. Meliane prestigiaram as apresentações. O apoio da Secretaria Municipal de Educação e da direção dos colégios onde as apresentações foram realizadas foi essencial para o sucesso do projeto. Para dar continuidade ao aprendizado, a Cocel distribuiu nas escolas cartilhas tratando do uso da energia com inteligência para que o assunto possa ser discutido também em sala de aula.
Com a “família sem noção” o público aprendeu como não desperdiçar energia, como prevenir acidentes e ainda o que fazer caso ocorra alguma interrupção. Os atores e o “Bonecocel” – mascote do Projeto, interagem com o público ressaltando a importância do cuidado ao ligar equipamentos e evitar o desperdício. Uma geladeira velha torna-se o centro da discórdia da família, quando todos percebem que o equipamento em mau estado consome muito mais energia do que deveria. Outras ações comuns, como ligar diversos equipamentos na mesma tomada ou secar roupa atrás da geladeira também podem causar desperdício de energia, além de risco às instalações da casa.
A troca de geladeiras antigas das famílias de baixa renda por modelos mais novos e econômicos faz parte do Programa de Eficiência Energética da Cocel. Funcionários da Companhia visitaram em 2014 todas as famílias cadastradas com Tarifa Social, para identificar as condições dos equipamentos e definir quem terá a geladeira trocada. Durante estas visitas cada família recebeu até três lâmpadas fluorescentes para substituir os modelos incandescentes, já garantindo economia no consumo. Oito mil lâmpadas foram distribuídas. Em 2015 começa a substituição das geladeiras. Aproximadamente 400 geladeiras serão trocadas, e a escolha das famílias que serão beneficiadas segue os critérios técnicos da ANEEL – que também é responsável pela fiscalização.
Por lei, toda concessionária de energia deve destinar parte de seu lucro a programas que resultem na economia de energia – como a troca de equipamentos e ações educativas. E a maior parte desta verba deve ser destinada a programas voltados às famílias de baixa renda.
QUE É O NATAL?
Eu, menino, sentado na calçada, sob um sol escaldante, observava a movimentação das pessoas em volta, e tentava compreender o que estava acontecendo.
Que é o Natal? - Perguntava-me, em silêncio.
Eu, menino, ouvira falar que aquele era o dia em que Papai Noel, em seu trenó puxado por renas, cruzava os céus distribuindo brinquedos a todas as crianças.
E por que então, eu, que passo a madrugada ao relento nunca vi o trenó voador? Onde estão os meus presentes? Perguntava-me.
E eu, menino, imaginava que o Natal não deveria ser isso.
Talvez fosse um dia especial, em que as pessoas abraçassem seus familiares e fossem mais amigas umas das outras.
Ou talvez fosse o dia da fraternidade e do perdão.
Mas, então, por que eu, sentado no meio-fio, não recebo sequer um sorriso? - Perguntava-me, com tristeza - E por que a polícia trabalha no Natal?
E eu, menino, entendia que não devia ser assim...
Imaginava que talvez o Natal fosse um dia mágico porque as pessoas enchem as igrejas em busca de Deus.
Mas por que, então, não saem de lá melhores do que entraram?
Debatia-me, na ânsia de compreender essa ocasião diferente.
Via risos, mas eram gargalhadas que escondiam tanta tristeza e ódio, tanta amargura e sofrimento...
E eu, menino, mergulhado em tão profundas reflexões, vi aproximar-se um homem...
Era um belo homem...
Não era gordo nem magro, nem alto nem baixo, nem branco, nem negro, nem pardo, nem amarelo ou vermelho.
Era apenas um homem com olhos cor de ternura e um sorriso em forma de carinho que, numa voz em tom de afago, me saudou:
Olá, menino!
Oi!... Respondi, meio tímido.
E, com grande admiração, vi-O acomodar-se ao meu lado, na calçada, sob o sol escaldante.
Eu, menino, aceitei-o como amigo, num olhar. E atirei-lhe a pergunta que me inquietava e entristecia:
Que é o Natal?
Ele, sorrindo ainda mais, respondeu-me, sereno:
Meu aniversário.
Como assim? - Perguntei, percebendo que Ele estava sozinho.
Por que você não está em casa? Onde estão os seus familiares?
E Ele me disse: Essa é a minha família, apontando para aquelas pessoas que andavam apressadas.
E eu, menino, não compreendi.
Você também faz parte da minha família... Acrescentou, aumentando a confusão na minha cabeça de menino.
Não O conheço! – Disse.
É porque nunca lhe falaram de mim. Mas eu o conheço. E o amo...
Tremi de emoção com aquelas palavras, na minha fragilidade de menino.
Você deve estar triste, comentei, porque está sozinho, justo no dia do próprio aniversário...
Neste momento, estou com você. – Respondeu-me, com um sorriso.
E conversamos...uma conversa de poucas palavras, muito silêncio, muitos olhares e um grande sentimento, naquela prece que fazia arder o coração e a própria alma.
A noite chegou... E as primeiras estrelas surgiram no céu.
E conversamos... Eu, menino, e Ele.
E Ele me falava, e eu O entendia. E eu O sentia. E eu O amava...
Eu, menino: sou as cordas. Ele: o artista. E entre nós dois se fez a melodia!...
E eu, menino, sorri...
Quando a madrugada chegou, enquanto piscavam as luzes que iluminavam as casas, Ele se ergueu e eu adivinhei que era a despedida. E eu suspirava, de alma renovada.
Abracei-O pela cintura, e lhe disse: Feliz aniversário!
Ele ergueu-me no ar, com Seus braços fortes, tão fortes quanto a paz, e disse-me:
Presenteie-me compartilhando este abraço com a minha família, que também é sua... Ame-a com respeito. Respeite-a com ternura, com carinho e amizade. E tenha um Feliz Natal!
E porque eu não queria vê-lO ir-se embora, saí correndo em disparada pela rua. Abandonei-O, levando-O para sempre no mais íntimo do coração...
E saí em busca de braços que aceitassem os meus...
E eu, menino, nunca mais O vi. Mas fiquei com a certeza de que Ele sempre está comigo, e não apenas nas noites de Natal...
E eu, menino, sorri... Pois agora eu sei que Ele é Jesus... E é por causa dEle que existe o Natal.
Conselho da Comunidade de Campo Largo
Gestão 2013/2015