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Menina de 14 anos ganhará cadeira de rodas motorizada

19/12/2014

Não tem dificuldade que atrapalhe Claudiane Aparecida Ascki (14) de seguir a vida, de sair e se divertir com os amigos.

Menina de 14 anos ganhará  cadeira de rodas motorizada

19/12/2014

Por: Danielli Artigas de Oliveira

Não tem dificuldade que atrapalhe Claudiane Aparecida Ascki (14) de seguir a vida, de sair e se divertir com os amigos. Agora, suas atividades diárias serão facilitadas, com a cadeira de rodas motorizada que ela ganhará graças à doação de muitos campo-larguenses.

Ela nasceu com mielomeningocele, também chamada de espinha bífida aberta. É uma malformação congênita da coluna vertebral em que as meninges, a medula e as raízes nervosas ficam expostas. É uma situação grave e logo no início de vida já precisou passar por uma cirurgia delicada, em que se coloca a medula espinhal e tecido exposto dentro do corpo do bebê e os cobre com músculo e pele. Por isso, ela sente dores na coluna, que tem um formato como se fosse um “S”.

Claudiane já passou por cirurgia para ampliar a bexiga e o intestino, cirurgia para correção do quadril e também do pé direito. Ela evacua apenas por sonda, a cada quatro horas, com a ajuda da mãe, que com muita dedicação cuida dela. Ela não tem força nas pernas e precisa andar de cadeira de rodas.
Com a campanha levantada pela Folha e pelo Alemão da Rádio Ágape, foi possível comprar uma cadeira de rodas motorizada para ela, que deve chegar nesta sexta-feira (19). Ela, que em fevereiro comemora 15 anos, já comemora essa nova realidade. Claudiane conta que o irmão de 13 anos é quem mais a leva aos lugares, pois têm muitos amigos em comum, e ele gostou da novidade, já que com a cadeira motorizada vai facilitar muito a locomoção, porque acaba sendo pesado para ele carregar a irmã, principalmente em subidas.

Ela, que concluiu o oitavo ano no Colégio Clotário Portugal, diz que quer ser atriz de novela. Faz aulas de teatro, jazz e dança de rua no Centro da Juventude, que é próximo à sua casa. Já fez algumas apresentações, até mesmo em Curitiba, e diz ter facilidade em decorar as coreografias e textos para interpretar.

Quanto às dificuldades em ser cadeirante, ela fala das calçadas irregulares e também lamenta que quando tem apresentação na Casa da Cultura não consegue ir, porque são muitas escadas para subir e não tem elevador.