12/12/2014
Mundo do Trabalho debateu a economia e o “tarifaço”
12/12/2014
O Espaço O Mundo do Trabalho, transmitido ontem (11) pela Rádio 1400 AM, teve como convidado o economista Sandro Silva, supervisor técnico do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) no Paraná. Ele debateu com o Presidente do Sindimovec, Adriano Carlesso, e com a comunicadora Chris Minuzzo, importantes questões da economia brasileira, e o “tarifaço” do governo Beto Richa.
DIEESE – 60 anos
Sandro Silva lembrou que no próximo ano o Dieese completará 60 anos de atividades. Foi criado em 1955 pelo movimento sindical brasileiro para prestar assessoria técnica aos sindicatos. É, portanto, uma instituição privada, não um órgão público. É uma das instituições mais respeitadas do país.
Sobre a situação econômica e política atual, Sandro destacou a importância do voto consciente e, sobretudo, do acompanhamento das ações dos eleitos. Ressaltou que os trabalhadores devem buscar o reforço das bancadas parlamentares que defenderão os direitos dos trabalhadores, conquistados a duras penas, nos últimos 71 anos, desde a criação da CLT, no governo de Getúlio Vargas.
Tarifaço
Também foi discutido o “tarifaço” do governador Beto Richa, aprovado pelos deputados estaduais, que deverá entrar em vigor a partir de abril de 2015. Haverá aumento de 12% para 18% ou 25% da alíquota do ICMS sobre uma extensa lista de produtos, que pode atingir até 95 mil itens de consumo popular, como medicamentos, produtos de higiene e eletrodomésticos. Também haverá elevação de 40% na alíquota do IPVA e de um ponto porcentual na do ICMS da gasolina. Sobrou, também, para os aposentados e pensionistas. Haverá taxação de 11% para os que recebem acima do teto do INSS, hoje fixado em R$ 4.390,24. Apesar do protesto de servidores e representantes de vários sindicatos que lotaram as galerias da Assembleia Legislativa durante a votação dos projetos, que levaram à interrupção da sessão por três vezes, o “tarifaço” foi aprovado por ampla maioria – dos 54 deputados, 34 foram favoráveis, 16 contra e 3 não votaram. O presidente da Casa, só vota em caso de empate, o chamado voto “Minerva”, nome que traz à lembrança a mitologia greco-romana.