04/12/2014
Atlético-PR e empresa não entram e acordo e teto retrátil segue indefinido
04/12/2014
Fonte:G1.com
Foto:Sergio Tavares
A instalação do teto retrátil na Arena da Baixada segue sem solução. Nesta quarta-feira, representantes da Lanik S/A, empresa responsável pela supervisão da instalação da obra no estádio, estiveram em reunião com o Atlético-PR na tentativa de definir os rumos da montagem para a tampa do Caldeirão.
Segundo informações do diretor-executivo da Lanik para a América do Norte e do Sul, César França, não houve acordo sobre prazos ou novos cronogramas com o presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia.
- Não houve nada, está incerto, é uma questão incerta. Eles não querem enxergar uma realidade e não estão preocupados com a obra. Vim propor um plano de ação para resolver um problema que, aparentemente, não existe para eles. Não houve nenhum posicionamento - disse França ao GloboEsporte.com.
Na semana passada, os engenheiros espanhóis deixaram o país em razão de atrasos e problemas com o clube paranaense alegando falta de equipamentos adequados para a instalação da estrutura.
Segundo França, um documento oficial da Lanik será divulgado em breve para posicionar a empresa sobre o impasse envolvendo a instalação do teto retrátil.
- Na minha visão o risco só está aumentando. Eles não me falam, prepare uma proposta, um preço. Vou esperar até sexta-feira para tomar a decisão final. Vai precisar de mais tempo. . Ele (Petraglia) teve a oportunidade de tomar uma decisão, e não foi tomada. A partir do que meus engenheiros vão me dizer vou me posicionar sobre o que conclui após essa reunião. Deixei claro que se o meu pessoal retornar é somente em fevereiro - pontuou o diretor.
Obra segue atrasada
A instalação do teto retrátil da Arena da Baixada acontece em ritmo bem mais lento do que o esperado. De acordo com a Lanik, atualmente a obra caminha em torno de 35% de conclusão. Das 12 vigas que sustentam a cobertura somente cinco foram içadas até o momento.
- Está atrasada. Hoje era pra estar içando a viga oito, era pra estar em torno de 70%. Eles ainda estão na quinta viga, sendo que era para estar entre a oitava, a nona. Era para estar o dobro - explicou o diretor da Lanik.
Antes do cancelamento do evento de luta Shooto, que estava previsto para ser realizado no dia 5 de dezembro, e foi transferido para Brasília, o cronograma estava em apenas 2%, quando a previsão era de que 25% já estivesse pronto para atender a data do evento.
Entenda o caso
O contrato original do Atlético-PR com a Lanik previa a presença da empresa no estádio até o dia 5 de dezembro, data em que o teto retrátil seria inaugurado com a realização do Shooto. Porém, em razão dos atrasos na obra, evento de luta que acabou sendo transferido para Brasília, no Distrito Federal.
O teto retrátil da Arena da Baixada estava previsto para ser instalado até o final de novembro, mas problemas operacionais acabaram obrigando a mudança dos prazos. Contratada para fazer a supervisão da instalação, a Lanik alegou falta de mão de obra e equipamentos qualificados, além da falta de certificação dos instrumentos usados para colocar o teto retrátil.
A novela do teto retrátil começou após o Atlético-PR contestar judicialmente o valor atualizado pela empresa, que informou ser necessário cerca de 400 mil euros para toda a operação. O valor original era de 94 mil euros, mas, conforme a Lanik, esses valores foram orçados antes da Copa do Mundo e com previsão de instalação do teto por dentro do estádio, quando ele ainda estava em obras.
Um dos maiores problemas atestados pelos engenheiros foram a falta de mão de obra e equipamentos qualificados, além da falta de certificação dos instrumentos usados para colocar o teto retrátil e problemas de dificuldade de comunicação com o clube para resolver problemas diários na obra. Na ocasião, a Lanik afirmou que o Atlético-PR agia de forma amadora na obra e que a instalação poderia gerar risco às pessoas que estejam dentro do estádio.