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Trevo da morte

23/11/2014

Lombada Eletrônica trava em 188km/h no Trevo da Morte
 

Trevo da morte

23/11/2014

Por: Luis Augusto Cabral


A Lombada Eletrônica do trevo da PR-423, no Botiatuva está travada em 188km/h, na faixa da pista que desce, e desligada na faixa que sobe. Os caminhões e veículos leves passam em alta velocidade, como se a lombada não existisse. Para um morador próximo, “é o mesmo que não ter nada, ninguém respeita o limite de velocidade. Qualquer dia vai acontecer outro acidente grave, com mortes”, avisou.
O trevo, que liga a Rua João Stukas com a Colônia Campina (Balbino Cunha), já foi palco de muitos acidentes, alguns com mortes. No local, as cruzes marcam o chão, como lembrança de algumas tragédias, vidas que se perderam por falta da ação das autoridades públicas, que há anos vêm adiando uma solução definitiva para o problema, uma trincheira, há muito reclamada pelos moradores da região.

Lombada
Em 2013, depois de muitos acidente com mortes, e depois da reação da população e autoridades locais, inclusive vereadores que foram à Curitiba exigir providências, o DER - Departamento de Estradas de Rodagem optou por uma solução paliativa, uma Lombada Eletrônica, que só funcionou nos primeiros dias, depois quebrou. Um morador da região disse que a Lombada não funciona, “nunca funcionou, é só para enfeite, para o efeito psicológico”, disse.

Em poucos minutos, no local, a Reportagem da Folha constatou que as carretas passam em alta velocidade. As que descem, carregadas, dificilmente conseguiriam parar, em caso de emergência. As que sobem, sem carga, também têm alta velocidade, porque senão dificilmente conseguiriam vencer o forte aclive. O resultado é o perigo constante, de acidentes graves.

A solução para o problema, a construção de uma trincheira, segundo o DER, está prevista, mas ninguém informa sobre quando isso acontecerá. Resta ao usuário, rezar para não ser a próxima vítima, no local que devido aos inúmeros acidentes fatais já se convencionou chamar de “Trevo da Morte”.