23/11/2014
Chuva de granizo causa sérios prejuízos no campo
23/11/2014
Foto:Luis Augusto Cabral
Quase toda a produção de verduras e frutas, da região de Botiatuva, Campo do Meio e Colônia Campina foi perdida numa forte chuva de granizo que aconteceu na semana passada, quinta-feira (13), no final da tarde. Os produtores disseram que a chuva durou pouco mais de cinco minutos, mas foi muito forte, com grande quantidade de pedras de gelo que, em alguns pontos formaram um tapete no campo.
As lavouras de Milho, que já estavam iniciando a floração, tiveram perda total, o mesmo acontecendo com as plantações de Brócolis, Couve-flor, Alface, Cebola e Soja. “Não sobrou quase nada”, disse o produtor Flávio Furmann, do Campo do Meio. Ele produz em média 500 caixas de verduras, por semana, que vende na Ceasa e no comércio local. “Vou levar pelo menos dois meses para voltar a ter alguma coisa para entregar”, disse ele, que calcula o prejuízo em cerca de R$ 100 mil.
Cebola
Flávio ainda tem esperança de recuperar alguma coisa na sua plantação de Cebola, que ocupa uma área aproximada de quatro mil metros quadrados da sua propriedade. “A Cebola já estava em uma fase bastante adiantada, pensávamos colher perto de cinco toneladas, em algumas semanas, mas a perda é quase total. Talvez dê pra gente recuperar um pouco, mas as pedras atingiram a planta toda, até a cabeça, na maioria delas, essas não vão se recuperar”, explica. Só na Cebola, o prejuízo é de aproximadamente R$ 5.000,00.
A Reportagem da Folha encontrou Flávio Furmam na tarde desta quarta-feira (19) com a família, replantando os canteiros de Couve-flor e Brócolis. “A gente não pode parar, senão o prejuízo é maior ainda”, explica o produtor. Ele disse que os telhados atingidos pela chuva de granizo pôde refazer em poucos dias, mas as lavouras levará mais tempo para serem replantadas.
Uva
Outro produtor da região (Colônia Cristina), Leniro Stoco, também contabiliza os prejuízos com a chuva de granizo. Ele tem uma produção de Morango, em estufa, que não foi muito atingida, mas o parreiral, onde produz cerca de 12 toneladas de Uva, por ano, a perda é bastante significativa. Segundo a esposa do produtor, Terezinha Stoco, “a gente ainda não sabe o tamanho do prejuízo, porque precisa ver como a lavoura vai reagir, agora com menos folha e com muitos frutos estragados. Acho que não vai dar para colher nem um terço do que esperávamos. Dependendo do Sol, que agora incide os seus raios diretamente nos cachos, sem a proteção das folhas, talvez a perda seja total”, disse ela.
Felix Furmann, disse que nunca viu nada igual “A chuva começou a se formam lá na Serra (São Luiz do Purunã), ficou tudo escura e de repente, o vento forte e as pedras. Quase não choveu, mas asa pedras vieram muitas pedras”, explicou.
Outros produtores da região relatam prejuízos semelhantes, alguns têm seguro, outros não. De qualquer forma, a chuva de granizo, no campo, está sendo comparada à chuva de granizo do centro de Campo Largo, do dia 17 de outubro último.