14/11/2014
Mais de quatro mil toneladas de entulhos já foram recolhidas
14/11/2014
Por: Luis Augusto Cabral
A tempestade de granizo do dia 17 de outubro ainda vai ser sentida na cidade, por muito tempo. Até agora, um mês depois da tragédia, a Prefeitura Municipal já recolheu mais de quatro mil toneladas de entulhos das ruas da cidade, e ainda falta recolher mais quatro a seis mil toneladas. A maior parte do material recolhido é composto de pedaços de telhas de amianto ou de barro, mas também tem móveis, colchões, isopor e outros.
Do material já recolhido, uma impressionante montanha, com mais de duas mil toneladas de restos de talhas de cimento-amianto está se formando, no Horto Municipal. Por tratar-se de material que agride o meio ambiente e pode causar doenças graves, o amianto deve ser recolhido pelas indústrias do setor, que dará o destino final. Enquanto isso, o material ficará no Horto onde, na condição em que se encontra, não oferece risco de contaminação.
Trabalho
O secretário municipal do Meio Ambiente, Marcos Reinaldin, disse que ainda será necessário mais de 30 dias para a conclusão dos trabalhos. “Estamos desde o início com cinco equipes, cada uma com uma pá-carregadeira e dois caminhões. O maior problema é que limpamos uma rua num dia e, no dia seguinte, ela está cheia de entulhos novamente. Isso se dá devido às dificuldades da população por mão-de-obra qualificada para a reposição das telhas e o trabalho é realizado na medida em que os profissionais ficam disponíveis”, explicou
Outro problema que o secretário chama a atenção é a mistura de materiais. “Muita gente está misturando materiais, telhas de amianto com telhas de barro, e isso dificulta o nosso trabalho. É preciso que o material seja disposto, nas calçadas, separados”, explicou.
Os restos de telhas de barros estão sendo utilizados na pavimentação de estradas e ruas. O material é espalhado diretamente, na medida em que é recolhido na cidade. O resto de cimento-amianto é acumulado no Horto. As indústrias que produzem estas telhas estão sendo notificadas, para que providenciem o recolhimento e o destino final. Esse material geralmente é disposto em aterros industriais especiais, mantidos por estas empresas. São sete fabricantes, duas das quais têm o maior volume de telhas de amianto. O secretário lembrou que esse recolhimento obedece à legislação ambiental, da Logística Reversa, e é de responsabilidade do fabricante.