15/09/2014

Fonte:Depcom/PMCL

No último dia 5, 70 alunos do Colégio Estadual Leniro Bitencourt conheceram o Horto Municipal e participaram da oficina “Do meu lixo cuido eu”. Ministrada pelo mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental e especialista em Agroecologia, Nilson Ramos Mello Filho, a oficina explicou como é feita a coleta de resíduos orgânicos e também como fazer compostagem doméstica.

Os alunos aprenderam que 60% do lixo gerado nas residências são do tipo orgânico e que o destino deste lixo não precisa ser o aterro sanitário. “O material orgânico, quando em decomposição, libera um líquido chamado chorume, que causa problemas no aterro sanitário. Além disso, é um desperdício enviar esse material para o aterro sendo que ele pode ser transformado em composto”, explica a bióloga da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Walquíria Menna.

A compostagem do material orgânico, ou seja, a transformação do mesmo em “composto orgânico”, pode ser feita em casa ou em Unidades de Compostagem como o Horto Municipal, que faz compostagem dos resíduos da Coleta Verde. Neste caso, é necessário que cada um faça a sua parte separando restos de poda e jardinagem. Este lixo é recolhido pelo caminhão municipal da Coleta Verde e encaminhado para o Horto.

O composto orgânico é utilizado como adubo, o qual aumenta a capacidade da terra para retenção de água, permite o controle de erosão e evita o uso de fertilizantes sintéticos. O adubo orgânico produzido pelo Horto Municipal de Campo Largo é utilizado no plantio de flores e na arborização de praças e parques da cidade.

Oficina de compostagem doméstica

Para a realização da oficina, cada aluno levou para o Horto resíduos orgânicos e utilizou o material para a montagem de uma pilha de compostagem. “A pilha ideal deve ter no máximo 1,5m de altura e 1,0m de largura. O comprimento pode variar. Ela deve ser revolvida uma vez por semana e umedecida em períodos muitos secos, uma vez por semana”, explica Walquíria.

O composto dos alunos estará pronto para o uso em aproximadamente 90 dias e será monitorado por eles mesmos e por professores. O resultado poderá ser usado em hortas, jardins e gramados.

A técnica utiliza resíduos “verdes” ricos em nitrogênio como folhas, restos de vegetais e frutas, borra de café, cascas de ovos, folhas e flores e também resíduos castanhos, ricos em carbono, como folhas secas, palha, resíduos de poda, casca de batata.

“Deve-se evitar alimentos cozidos, alimentos com sal, produtos lácteos, restos de carne, frutas cítricas, excrementos de animais domésticos, resíduos não biodegradáveis e terra, pois dificultam as trocas gasosas”, ressalta a bióloga.

Coleta Verde

O caminhão da Coleta Verde, da Prefeitura, recolhe restos de poda e jardinagem e encaminha para o Horto Municipal. Para que o caminhão vá até a sua casa, ligue para 0800-6450506 0800-6450506.

Setembro Verde

O mês de conscientização Setembro Verde está sendo promovido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Diversas atividades sobre o tema “sustentabilidade e educação ambiental” estão incluídas no evento e a escolha do mês está relacionada a duas datas importantes comemoradas nos dias 21 e 22 de setembro: Dia da Árvore e início da primavera, respectivamente.

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Marcos Reinaldim, o objetivo é fazer do evento uma tradição na cidade. “Não queremos que seja apenas mais um evento, que caia no esquecimento das pessoas. Mas que todo ano, o mês de setembro seja reservado para a discussão do tema, que é tão importante para a sociedade”, explica.