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Coritiba

09/09/2014

Alex fala sobre lesão e revela tensão: "Não sentia a perna direita"

Coritiba

09/09/2014

Fonte:G1.com

Foto:Reprodução/ Facebook

 

"Eu não sentia a minha perna direita. Não tinha o movimento dela. Sentia umas dores bem fortes, mas conseguia suportar porque estava medicado. O que mais me preocupava é que eu realmente não sentia a perna direita".

Assim o meia Alex descreve os primeiros minutos após lesão sofrida na última quarta-feira, na partida contra o Flamengo, no Rio de Janeiro. No segundo tempo, o capitão do Coritiba levou uma joelhada do zagueiro Chicão, do Flamengo, no lance que originou o terceiro gol da equipe carioca. O jogador permaneceu em campo até o fim da partida no Maracanã, mas não foi relacionado para as cobranças de pênaltis. Depois do jogo, Alex precisou de uma cadeira de rodas para deixar o estádio e seguir até o ônibus do clube.

Cinco dias depois, Alex falou pela primeira vez sobre a lesão e garante que se sente melhor. Porém, contou que os primeiros dias foram de muita apreensão. O meia já iniciou o processo de fisioterapia, mas ainda não se sabe quantos jogos vai desfalcar o Coritiba no Brasileirão.

- Hoje estou um pouco mais tranquilo. Após o jogo, quarta, quinta e sexta-feira, bem difícil e bem preocupado. Mas hoje estou um pouco mais tranquilo, satisfeito com a evolução. Mas realmente, as primeiras 72 horas foram de bastante apreensão. Mesmo os exames não tendo mostrado nada na coluna, não mostrado nada na musculatura na região onde eu sofri o golpe, tinha dificuldade e limitação no movimento da perna direita, e isso me preocupava bastante. Mesmo com os médicos e os fisioterapeutas falando que existiria uma evolução, que existiria a recuperação dos movimentos, isso realmente me preocupava bastante. Mas depois de iniciar a fisioterapia na sexta-feira, aos poucos fui recuperando os movimentos naturais da perna direita e estou um pouco mais tranquilo - disse o jogador, em entrevista divulgada por sua assessria de imprensa.

Sentindo muitas dores, Alex precisou de uma cadeira de rodas para deixar o estádio e seguiu para um hospital no Rio de Janeiro, onde ficou internado durante toda a noite. Foi nesse momento que o jogador ficou apreensivo, sem sentir a perna direita. Não sentia nem os dedos do pé.

 - Saí do Maracanã e fui direto para um hospital para fazer os exames. Passei por exames mais ou menos umas 15 horas e sendo medicado. Eu não sentia a minha perna direita. Não tinha o movimento dela. Sentia umas dores bem fortes, mas as dores eu conseguia suportar porque estava medicado. O que mais me preocupava é que eu realmente não sentia a perna direita. E isso me preocupava bastante. Voltei para Curitiba assim, sem esse movimento. E aos poucos os movimentos começaram a ser recuperados naquele processo de fisioterapia em cima do que os médicos e os fisioterapeutas desenharam. Foram dias de muita tensão. O movimento era zero, a sensibilidade era zero. Mas hoje graças a fisioterapia as coisas estão aos poucos voltando ao normal - completou.

Alex garantiu que não quer ver o lance que originou a contusão e revela que só permaneceu em campo porque o técnico Marquinhos Santos já havia feito as três substituições na equipe do Coritiba.

- Não vi o lance ainda e acredito que também não vou ver. Tenho certeza de que foi falta, porque a bola estava controlada quando eu senti o contato. Aí fui puxando, quando eu tentei recuperar já voltei com dificuldades na perna direita. Continuei no jogo porque o Marquinhos Santos já havia feito as três substituições, senão eu teria saído, até porque num jogo como aquele não ia deixar o time com menos um.

O capitão ainda conta que sofreu um "apagão" no hospital, no período que permaneceu internado para a realização de exame.

- A dor foi aumentando a partir do momento que o jogo ia passando. Senti tanta dor e no pós jogo, indo para o hospital, não tenho o jogo vivo na minha cabeça. Se você me perguntar a sequência e como foram as penalidades eu não me lembro. No hospital meio que me deu um apagão de tanta dor que eu sentia - disse.

Ainda sem saber quanto tempo ficará afastado dos gramados, Alex isentou o zagueiro Chicão, do Flamengo, que ligou para o capitão do Coritiba após a partida.

- Tenho certeza que foi falta. Agora dizer se o Chicão foi maldoso ou não seria leviano da minha parte, até mesmo porque na minha cabeça eu não concebo um atleta entrar de maneira maldosa para machucar um companheiro de profissão. Na minha cabeça não entra que alguém vai entrar no jogador adversário para machucar, então eu prefiro tratar como lance casual de jogo. Infelizmente acabei saindo lesionado com uma lesão que não é comum, uma lesão que me complica e que me tira de vários jogos. Mas eu prefiro tratar como lance de jogo. Já falei com o Chicão, ele me ligou após a partida. Passei para ele ficar tranquilo, seguir a vida dele jogando o futebol dele e ajudando o Flamengo. Na minha cabeça eu tive a infelicidade da minha contusão, onde prefiro tratar como lance casual de jogo - explicou.

Em processo de recuperação e sem possibilidades de fratura, Alex segue fazendo trabalhos diários de fisoterapia e revela que não se preocupa em voltar a jogar.

- A minha previsão é poder recuperar o movimento normal de um ser humano qualquer. É aquela coisa de bebezinho, sentar e levantar sozinho. Começa engatinhar, começa caminhar e depois vai correr. Na sexta-feira não tinha nenhum movimento, a minha sensibilidade era zero. No sábado aumentou um pouquinho a sensibilidade. Os movimentos dos dedos do meu pé direito começaram a ser feitos. No domingo já melhorou um pouquinho. Hoje pela manhã, na sessão de fisioterapia, quando eu tirei a muleta já consegui fazer algumas coisas sozinho sem a ajuda de um terceiro. O que isso já me deixa satisfeito. Não ter que pedir ajuda para a esposa, para amigos e para os filhos. Isso já é um ganho. Agora me imaginar no campo realmente não passa pela minha cabeça nesse momento. Quero ter os meus movimentos naturais de poder caminhar, depois de poder correr, de poder dirigir o meu carro para eu poder fazer as minhas coisas sem a ajuda de terceiros. Aí quando a coisa chegar nesse momento, eu entro nos exercícios normais de futebol, mas para isso tem que sentar com os doutores e com os fisioterapeutas, e imaginar qual vai ser a data e a minha condição de poder voltar tranquilo e jogar futebol", finalizou.          

Sem Alex, o Coritiba volta a campo na próxima quarta-feira, quando recebe a Chapecoense, às 21h, no Estádio Couto Pereira.