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Geral

Radialista

10-11-2009

Sampaio une vida no rádio com diversas atividades para ajudar a comunidade em geral



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Radialista

10-11-2009

Mais conhecido por Sampaio, Adalberto Borges de Sampaio, está há cinco anos trabalhando com rádio. Nascido e criado em Campo Largo, no Itaqui de Cima, ele ainda tem tempo para cuidar de seus dois salões de beleza (área em que atua há 36 anos), no Rivabem e no centro. Além disso ainda anima festas, é presidente de Associação e trabalha na Prefeitura Municipal.
Sampaio começou animando eventos, bingos, festas de associações de moradores, entre outras. Faz este trabalho como voluntário, e o som os próprios organizadores que locam. “Sempre gostei de ajudar, fazer trabalho social para ajudar outras pessoas”, diz ele, que há cerca de dez anos tinha como sonho se inserir no meio de comunicação, atuar como radialista. Mas por ter outra profissão não tinha muito tempo viável para realizar esta função. Tem um tio, o João Bosco, que é radialista e que, segundo ele, “tem um vozerão danado”, o que o entusiasmava para atuar na área.
     Ele lembra que em 19 de dezembro de 2004 foi atrás deste sonho. Foi até o estúdio da RBN, que hoje é a Rádio Ágape, e falou com o Divonzir Ferreira, diretor na época. Combinaram de fazer um teste, tiveram uma conversa rápida e já foi questionado que dia queria começar.
     Em seu primeiro programa foi acompanhado de Valdomiro Pitanga, que atuava na Rádio de Balsa Nova, para sentir mais confiança já que ele era um amigo e tinha experiência. Começou com um programa de Domingo, com músicas gauchescas, com o nome Camperiando sem Fronteiras. Valdomiro deu muitas dicas e lhe deixou mais confiável. “Nem eu acreditava que eu era capaz daquilo”, completa.
     No segundo domingo já começou a conduzir o programa sozinho. “É um sonho realizado. É algo que muitas vezes abandonamos tudo pra fazer um programa ao vivo, que dá muito mais emoção, você cria na hora para o ouvinte”, enfatiza.
     Até hoje é o mesmo programa, independente, no domingo das 10 às 12 horas. Tem alguns momentos informativos, comentários esportivos, além de muita música gaúcha e um espaço de meia hora com participação de ouvintes. As pessoas também ligam pedindo música e oferecendo para outras pessoas. Já chegou a ligar 49 pessoas em apenas duas horas de programa, com uma única linha de telefone. O pessoal gosta do programa deste jeito e não querem que tenha muita mudança, por isso mantém esta tradição há cinco anos.
     Também faz brincadeiras, como sorteios de produtos de patrocinadores do programa. Faz uma charada e algumas brincadeiras como Qual é a Música, em que ele mesmo toca gaita de boca,  duas ou três notas, para os ouvintes descobrirem e ligam para ganhar prêmios, como CDs. Um dos grandes sucesso do programa é o quadro Do fundo do baú, de arrancar PicaPau do Oco, em que toca músicas bem antigas.  Este ditado ele mesmo criou e acabou pegando ; muitas pessoas param ele na rua para comentar. “Um slogan que pegou mesmo”, conta ele, que fez por brincadeira.
     Ele considera muito importante a participação do ouvinte. “Confiei muito desde a primeira vez, perguntava para os ouvintes como estava minha atuação. A audiência surpreende. Agora com o site há participação pela internet de pessoas de Caxias do Sul e até de Boston”, diz orgulhoso. Mesmo sem divulgação do programa consegue uma boa audiência, com participação de pessoas da Lapa, Antonina, Almirante Tamandaré, Palmeira, Araucárias, São Mateus e Piraí do Sul.
     O que Sampaio mais gosta é a hora de fazer a mensagem de abertura do programa, que procura tocar diretamente o ouvinte, se aproximando das pessoas, sempre passando uma mensagem de apoio, conta histórias relacionando com a vida real, mensagens de conforto. Muitas pessoas agradecem a mensagem, falam que esperam por este momento e muitas vezes as frases usadas acabam mudando o dia delas, tornando-o mais feliz.
     Ele diz que não sabia que ia chegar aonde chegou. Acredita que o radialista tem que passar algo forte, comovente ao ouvinte. Falar sobre conscientização ambiental, por exemplo. Já fez vários desabafos de preservação, sobre a natureza, e se preocupa muito com este tema; se empolga toda vez ao falar sobre o assunto, se emociona “e desabafa mesmo”.
     Ele é casado há 33 anos com Nifa e tem dois filhos. Comenta que não força para os filhos seguirem a mesma carreira, pois é algo que tem que ter o dom, tem que gostar de fazer. Só passa o exemplo de sempre ajudar os outros, fazer trabalho comunitário.
     Sampaio é Presidente da Federação das Associações de Moradores de Campo Largo (FAMOC), faz arte da comissão da Igreja Nossa Senhora de Fátima, é 2º tesoureiro e coordenador da Pastoral do Dizmo do Rivabem I, Rivabem II e Jardim Andreassa há oito anos. É também coordenador do departamento de Relações Comunitárias da Prefeitura Municipal e tem esperança de entrar no meio político, como vereador.    Diz que na próxima eleição com certeza tentará novamente.