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Investidores têm dúvidas sobre equipe econômica de Dilma, diz jornal

Investidores têm dúvidas sobre equipe econômica de Dilma, diz jornal

25-11-2010

A nomeação da equipe econômica do futuro governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, deixou os investidores estrangeiros com "dúvidas preocupantes" quanto ao compromisso da próxima administração com a austeridade fiscal. A avaliação está em uma reportagem do jornal britânico especializado em economia Financial Times, publicada nesta quinta-feira (25).

Ontem, Dilma anunciou, por meio de uma nota, a formação da equipe econômica: Guido Mantega continuará no Ministério da Fazenda; a secretária-executiva do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Miriam Belchior, será a nova ministra do Planejamento; e o atual diretor de Normas do Banco Central, Alexandre Tombini, foi indicado para assumir a presidência da autoridade monetária.

Os analistas do mercado financeiro entenderam a nomeação de Tombini para o BC como um "forte sinal" de continuidade da atual política de metas de inflação - a meta atual do governo é de um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 4,5% ao ano, com margem de variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

 

A indicação dele, no entanto, também pode indicar um alinhamento mais próximo do Banco Central com o Ministério da Fazenda, resultando em menos rigor tanto na política monetária quanto fiscal. Ou seja, isso poderia resultar em queda da taxa Selic - os juros básicos da economia brasileira, a partir dos quais todos os demais são formados - e um pressões inflacionárias.

O economista Marcelo Salomon do banco Barclays Capital disse ao Financial Times que a melhor maneira de impulsionar o desenvolvimento não é cortar a taxa de juros em ritmo mais rápido ou com uma política fiscal mais frouxa.

Fonte: R7 Notícias