Uma manifestação pacífica e justa foi acompanhada e apoiada pela maioria dos brasileiros nesta quarta-feira (21). Foram os profissionais da Enfermagem, trabalhadores indispensáveis não somente na pandemia, mas no dia a dia da Saúde e que ajudam a salvar tantas vidas. Uma profissão que se faz tão importante, que cuida do paciente, monitora seu estado de saúde hora a hora, se vê à margem, sem ao menos um piso salarial que norteie os salários.

Após anos de luta, quando finalmente o projeto é aprovado, mas paralisado por 60 dias pelo Supremo Tribunal Federal. A categoria não cruzou os braços e aguardou uma decisão, mas teve coragem de reivindicar o que é de direito de todos os trabalhadores.

Durante a pandemia de Covid-19 foram os enfermeiros que muitas vezes seguraram as mãos dos nossos queridos, que éramos impossibilitados de acalentar seus corações e acalmar suas aflições, angústias e medos. Eram as mãos que faziam passar a dor e os olhos que davam esperança. Foram eles também que estavam nos corredores frios, longe de suas famílias para cuidar de desconhecidos. Uma profissão que exige medidas exatas de empatia e profissionalismo. Não é para qualquer um. Eles devem lutar, assim como nós também devemos ir atrás de nossos direitos.

Embora a suspensão da lei tenha vindo de uma esfera com a qual não temos acesso para mudar, a atitude tomada por estes profissionais, às vésperas das Eleições Gerais de 2022, nos ensina muito sobre a importância de estarmos atentos ao que vem para somar ou para nos prejudicar.

Em poucos dias teremos uma chance de ouro de nos manifestarmos mediante a um dos únicos caminhos em que há um efeito concreto, que é por meio do voto. Todos são indispensáveis no que é chamado de “grande festa da democracia”. Alinhado com a necessidade de renovação em muitas áreas, nós também devemos ter a destreza em não deixar fantasmas do passado retornarem a nos assombrar neste momento.

Temos aqui a oportunidade de escolher representantes locais, das mais variadas ideologias, capazes de nos representar, levar o nosso gentílico “campo-larguense” mais longe, principalmente em busca de recursos e investimentos nesta região. Fomentar melhorias das quais merecemos, visto o tanto de trabalho que realizamos diariamente para desenvolver essa região. Precisamos abrir os olhos. Enxergar a nossa realidade e a partir dela escolher a melhor opção a qual o país deve tomar. Não quer dizer que deve-se votar em candidato A ou B, mas votar com consciência rumo a dias melhores. Nessas horas, intenção não conta, pois é a atitude que define toda a história.