Domingo às 24 de Novembro de 2024 às 12:11:06
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Campo Largo foi uma das cidades que mais gerou postos de trabalho no mês de junho no Paraná, aponta Caged

Foram divulgados no últim dia 29, pelo Ministério do Trabalho, os dados semestrais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que colocaram o Paraná como o quarto estado no país que mais gerou postos de trab

Campo Largo foi uma das cidades que mais gerou postos de trabalho no mês de junho no Paraná, aponta Caged

Foram divulgados no últim dia 29, pelo Ministério do Trabalho, os dados semestrais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que colocaram o Paraná como o quarto estado no país que mais gerou postos de trabalho no período. Destaque também para Campo Largo, que somente durante o mês de junho gerou 406 novas oportunidades de emprego, que ficou em 6ª posição entre as dez cidades que mais geraram emprego no mês.

A Folha de Campo Largo conversou com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Assuntos Metropolitanos, Christiano Puppi, que explicou que os dados do Caged são de suma importância para guiar as próximas ações no município, porém, só reforçam o que é visto diariamente na Economia campo-larguense, que vem crescendo dia a dia, mesmo com este momento pós-pandemia. “Os dados do Caged apontam para uma curva acentuada na manutenção dos negócios, comércio e indústria, uma retomada acelerada e uma procura grande por mão-de-obra campo-larguense, que é a melhor do Paraná e do Brasil. O nosso povo tem o costume de trabalhar bem, o que se faz aqui, faz bem feito e gera valor, por isso os empresários que chegam a Campo Largo não querem sair, querem empreender mais e crescer.”

O secretário acrescenta que Campo Largo fica apenas atrás de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), nos dados do Caged. “Esses dados são referentes a todos os setores, pois eles fazem os compilados de setores diferentes. No proporcional São José dos Pinhais e Campo Largo estão com praticamente o mesmo número, pois levamos em consideração o número de habitantes por empregos gerados. Nos números absolutos, São José dos Pinhais passa Campo Largo. Então consideramos 6ª posição no saldo consolidado e 2ª no crescimento proporcional entre as 10 cidades do Paraná”, explica.

Reflexos de múltiplos esforços
O secretário destaca que a posição privilegiada não é resultado de trabalho somente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, mas algo que já vem sendo feito há mais tempo, desde a execução de um Plano Diretor bem elaborado, conquista de Certidões Positivas, conquista da Cocel como uma das maiores companhias do país, investimentos em infraestrutura e também a posição geográfica estratégica e privilegiada de Campo Largo. 

“É difícil encontrar no Brasil um local com os mesmos processos de transformação que aconteceram nos últimos cinco anos, como foi em Campo Largo. Nós vemos, mesmo na pandemia, empresas vindo atrás da cidade para investir, quando é um momento que, naturalmente, há uma retenção. É a margem de segurança que todas essas características passam. É somar esforços, transformando a Prefeitura em uma referência de gestão pública municipal, alocação de recursos, transparência de gastos e governantes, para depois ir atrás de recursos que irão gerar a matriz de desenvolvimento na sociedade, ou seja, empresários. Ele vendo que a Prefeitura fez o dever de casa, ele terá segurança e saberá que é um local sério e tudo isso valorizará todo o produto final e esse é um mérito não dos governantes, mas da população como um todo”, destaca.

Ao assumir a secretaria, Christiano relembra que foi necessário repensar e reorganizar aspectos da Comunicação interna e externa, em diversos departamentos, verificando como o Desenvolvimento Econômico poderia ajudar neste processo também em outras áreas. “Então nós começamos a criar e definir alguns pontos do plano Em frente Campo Largo. O plano é protagonista, não no valor, pois não temos como oferecer crédito para investimentos ou em mudanças legislativas, mas na organização de diversos projetos sob a coordenação da nossa secretaria, para que façamos com que os planos se interliguem”, ressalta.

Este é um trabalho que vem sendo executado a muitas mãos na cidade, levando em consideração a articulação necessária em todas as secretarias junto ao poder Executivo, Legislativo e com a Sociedade Civil Organizada.

Assim, Christiano segue com o raciocínio que a Saúde, Educação, Infraestrutura, Segurança estão atreladas ao Desenvolvimento Econômico. Um exemplo dado pelo secretário foi o investimento feito no Ciosp. Em 2016 foram 346 roubos de veículos e até a metade deste ano foram 13, onde 10 deles foram recuperados, é um processo de transformação social e que impacta no aspecto econômico. “Foi fundamental para a nossa segurança pública. Tanto para atrair novos investimentos, pois o empresário deseja investir onde ele se sente seguro, como também para atrair novos moradores, isso impulsionou investimentos em várias frentes na cidade”, acrescenta.

Prefeitura e Acicla
Durante as medidas mais restritivas, especialmente quando foi necessário o fechamento do comércio, houve em Campo Largo protestos de empresários contrários ao posicionamento da Prefeitura de Campo Largo, visto a dificuldade econômica advinda desta decisão. Porém, hoje, Prefeitura e Acicla procuram tomar decisões juntas, conforme destaca Christiano.
“A minha primeira conversa como secretário foi com o presidente da Acicla, Bruno Boaron. Nós vivíamos um momento muito mais conturbado, mas precisávamos ouvir e entender o comerciante e pedir para que eles entendessem o Poder Público também. Graças a esse diálogo, e também à pressão pública, decidimos não aderir ao lockdown, porque entendemos que por fatos e números que essa medida poderia ser prejudicial para o comércio de Campo Largo e precisávamos adotar medidas como conscientização sobre o controle da pandemia, por meio de medidas preventivas e aumento da vacinação”, evidencia.

Christiano explica que a estratégia adotada então foi o reforço educativo dos comerciantes e empresários, buscando alertar toda a população sobre a letalidade do vírus e o tamanho do problema naquele momento. Foi nesta ocasião em que outras modalidades de serviço também foram reforçadas.

“Se não tivéssemos tomado ações em conjunto, as consequências seriam muito maiores hoje, sem dúvidas alguma. União entre a Prefeitura, Sociedade Civil Organizada e a Câmara Municipal é uma das premissas do nosso plano Em Frente Campo Largo. Por conta da conscientização adquirida por meio das campanhas, uso de máscara, álcool em gel, campanha de vacinação efetiva que vem tendo adesão dos campo-larguenses, combinado a uma fiscalização eficiente e dados transparentes, nós conseguimos ter um avanço econômico com segurança, pois colaboradores e patronais estão bem, garantindo a segurança dos clientes que frequentam o espaço. Então, o Poder Público não deve interferir e criar obstáculos neste processo, pelo contrário, é momento de criar aperfeiçoamento de mão de obra e ter um diálogo amplo e irrestrito com todos que chegam até nós”, destaca.
 
Atendimento irrestrito
Atualmente, a Secretaria segue com o projeto Em Frente Campo Largo, que neste ano tem como objetivo promover uma grande retomada econômica, cujo ápice e encerramento da primeira fase está programado para o Natal. “Precisamos fazer da retomada econômica, da nova indústria, da geração de emprego e renda, o consumo dos nossos comerciantes no final de ano, talvez com todos os campo-larguenses já vacinados, celebrando a vacinação e consumindo”, diz

Porém, todos os setores, dos mais variados tamanhos, têm voz e vez na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. “Com as mudanças nas determinações do Estado, daremos atenção ao setor de shows e eventos, que é o mais combalido neste momento. O setor de turismo é fundamental também. Planejamos a expansão e a regulamentação de todos os eixos do departamento dos serviços, para que no pós-pandemia Campo Largo seja visto como uma cidade a ser conhecida pelo público em geral. Quando o Turismo é movimentado, todos os outros setores também acabam sendo envolvidos”, comenta.

O secretário destaca, ainda, a participação extremamente importante dos microempreendedores individuais em Campo Largo, os MEIs, para a cidade. “É uma solução, embora a taxa seja bastante pequena para o município. É um trabalho regulamentado, está gerando emprego, empreendendo, gerando sustento para a família, então não gerará impacto na Assistência Social, incentivo ao crescimento para que se torne um pequeno ou grande empresário no futuro. Temos parcerias com o Sebrae hoje para uma grande variedade de cursos para os MEIs, cerca de 1000”, diz.

Chistiano finaliza dizendo que a emissão de alvarás de baixo risco em Campo Largo hoje tem um curto prazo – muitas vezes no mesmo dia.