As obras no km 104 do Jardim Guarany, que visam a implementação do viaduto para retorno e melhoria no tráfego da região estão quase concluídas, porém, os moradores da região ainda carecem de ma
As obras no km 104 do Jardim Guarany, que visam a implementação do viaduto para retorno e melhoria no tráfego da região estão quase concluídas, porém, os moradores da região ainda carecem de mais segurança e facilidade no acesso. Por isso, pessoas da região da Vila Dom Pedro, Colônia Dom Pedro, Jardim Guarany, Revier e Vila Conceição pedem a implementação de passarela nesta região da BR-277.
A Folha de Campo Largo conversou, na manhã desta quinta-feira (01), com moradores que estão na luta por essa passarela para uma travessia segura. Conforme relataram, há muitos anos eles enfrentam dificuldades nas travessias a pé, pois se trata de uma região com grande movimentação de veículos. Números já divulgados anteriormente dão conta de 55 mil veículos passando pelas rodovias por dia. Se antes era a necessidade de subir um barranco, por meio de uma escada disponibilizada, a dificuldade hoje está acrescida da baixa iluminação, calçadas seguras e precisar caminhar por um trajeto mais longo quando precisa acessar o ponto de ônibus.
“Com essa obra, aumentaram mais duas vias que serão de fluxo intenso, para nós atravessarmos, além de termos que caminhar mais 130 metros para chegar ao ponto de ônibus. Nesta região, a população passa de sete mil pessoas, que serão beneficiadas com a segurança de uma passarela bem implantada. O que estamos pedindo é uma maneira segura para conseguirmos acessar os pontos de ônibus, sem precisar nos colocar em risco. Temos aqui pessoas que são cadeirantes, idosos, além de que, daqui algumas semanas, há previsão de retorno das aulas, então haverá crianças precisando atravessar também. É uma situação grave e emergencial”, pontua uma moradora.
A luta por essa passarela não iniciou há poucas semanas, mas os moradores comentam que já vem sendo feita há anos. Agora com a mudança dos pontos de ônibus de lugar, o pedido intensificou. Os moradores estimam que precisam caminhar – dependendo do ponto de partida – 1,5 km para acessar o ponto de ônibus localizado na rodovia sentido Campo Largo e 2 km para acessar o sentido Curitiba. “Não queremos criar polêmica, acredito que essa situação seria resolvida com uma boa conversa entre o poder público, disposto a ouvir a população, e os moradores desta região”, acrescenta outro morador.
Atualmente, a intenção é que as pessoas que vivem nestes bairros acessem a passarela do Jardim Guarany ou atravessem o viaduto que está sendo construído – inclusive já permitiram a passagem dos pedestres. “Além de ser mais distante para nós, a calçada que fizeram para os pedestres é pequena, não possui um guarda-corpo para nos proteger. Há ainda a baixa iluminação, que torna esse trajeto ainda mais arriscado. Há bons motoristas, mas também há motoristas negligentes, que andam em alta velocidade e podem colocar pessoas em risco. Aqui queremos proteger a vida, de quem mora aqui e quem vem trabalhar na região ou nos visitar”, enfatiza.
Reunião com autoridades
Nesta segunda-feira (28), os moradores que representam os bairros se reuniram com o prefeito Mauricio Rivabem e os vereadores João d’Água e João Freita para discutir soluções para o problema. Também está envolvida no pedido pela passarela a vereadora Cléa Oliveira.
“O que nos foi repassado nesta reunião é que de fato uma passarela não está prevista neste contrato, por tanto, a CCR RodoNorte – que tem contrato de concessão finalizado no último trimestre de 2021 – não poderá fazer essa obra. Como sugestão, as autoridades deram a opção do ônibus sentido Curitiba fazer o retorno e pegar os passageiros no sentido Campo Largo e voltar, mas ainda não foi debatida essa ideia com a Comec ou com a Empresa de Ônibus Campo Largo oficialmente, e também a possibilidade de acrescentar no próximo contrato a implementação de passarelas na BR-277 já no primeiro ano”, conta o morador.
A Folha de Campo Largo entrou em contato com o gabinete do vereador João D’Água, que explicou que já há uma conversa com moradores há pelo menos 20 dias, quando constataram essa dificuldade na travessia. Em conversa com a RodoNorte, conforme diz o assessor, houve a sugestão que os moradores usassem a passarela do Jardim Guarany, o que resultaria em uma caminhada de mais 800 metros a 1 km, dependendo da região em que os pedestres se encontram, além de todo o trajeto a pé dentro do bairro.
“Nesta conversa que tivemos na segunda-feira, o prefeito foi bastante solícito. Estamos agendando uma reunião com o secretário estadual Sandro Alex e com o deputado Guto Silva, na qual será discutida a inclusão dos pedidos por passarela nesta região e também no Passaúna e no Jardim Rondinha, pois são regiões que cresceram bastante. Por um problema de agendas, tivemos que remarcar a reunião, mas a vereadora Cléa tem auxiliado bastante nesta conversa com as autoridades do estado. Os vereadores, junto com o prefeito, irão levar às autoridades estaduais essa sugestão de inclusão da implementação das passarelas já no primeiro ano de concessão”, finaliza.
O que diz a CCR RodoNorte
A Folha de Campo Largo também procurou a CCR RodoNorte sobre esta situação, que respondeu por meio de nota: “A CCR RodoNorte esclarece que o ponto de ônibus localizado no km 104 do sentido Curitiba da BR 277, na região da Vila Dom Pedro (Campo Largo), foi realocado aproximadamente em 130 metros por conta do avanço das obras da nova interseção a ser concluída na região. A mudança é definitiva e feita de acordo com projeto aprovado pelo Poder Concedente, respeitando as condições de segurança para os motoristas que trafegam na rodovia e também aos usuários do transporte coletivo”.