Na manhã desta quarta-feira (26), a notícia da morte de Alfredo Ivo Gadens (71) comoveu muitos campo-larguenses. De grande repercussão na cidade, no Facebook da Folha de Campo Largo a nota do falecimento chegou a alcançar 24 mil pessoas e muitos ali deixaram registrada a tristeza por essa perda.

A família relatou à Folha que desde 1996 Gadens tratava de uma doença neurológica autoimune chamada Miastenia Gravis, e um tempo depois sofreu uma síndrome alérgica medicamentosa  (Síndrome de Steven-Jhonson), que o fez ficar internado e perder toda a pele. Sua recuperação foi considerada um milagre pelos médicos e pela família. Foi contaminado pela Covid-19 e com sua imunidade baixa devido à medicação, agravou com uma infecção generalizada, que rapidamente evoluiu durante os dez dias em que esteve internado. Infelizmente não resistiu.

“Nosso pai sempre foi muito calmo e tranquilo e nos deixou um exemplo de ética e respeito. Homem íntegro, trabalhador e humilde, sempre se preocupou em ajudar quem precisava. Nos ensinou a honestidade e a valorizar as pequenas coisas com gestos de bondade que nos farão sentir a presença dele nesse tempo de saudades. Bastante positivo, tinha muita fé em Deus e no Espírito Santo, apesar das adversidades”, declararam os filhos Adriana, Daniel e Evelise.

A esposa Carmen e toda família agradecem o carinho e apoio recebido por mensagens e orações que foram enviadas por tantos familiares, amigos e pessoas que o conheciam e o queriam bem. Agradecem também a equipe da UTI do Hospital do Rocio, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, capelania, limpeza, que cuidaram com tanto carinho dele neste momento.

Gadens atualmente estava aposentado e gostava de ficar trabalhando em sua chácara na Rondinha, também frequentada antes da pandemia por amigos dos clubes “dos 50” e do “Sossego”. Deixará muita saudade e ensinamentos também ao genros Marlus e Thiago e nora Tatiane e aos netos Guilherme, Leonardo, Pedro e Carolina.

Quem era
Gadens começou a trabalhar como contador e por muitos anos esteve na gerência e administração das empresas Bebidas Metropolitana e Vinhos Campo Largo, ao lado de Carlos Zanlorenzi, a quem ele considerava como um pai. Por incentivo de “Seu Carlos” acabou entrando na política, sendo eleito vereador por três mandatos - em seu último foi presidente da Câmara Municipal, de 1993 a 1995. Foi uma liderança na comunidade em que participava, a Paróquia de São Sebastião de Rondinha. Trabalhou desde a fundação do Ginásio da Rondinha, o Polentão, onde pode colaborar como presidente por vários anos. Uma história que fica registrada na cidade e no coração de muitos campo-larguenses.