Dois atletas campo-larguenses participaram da Ultramaratona Morretes até Guaraqueçaba, realizada no último dia 15 de maio, no litoral paranaense. Viviane Melissa Portella e João Carlos Zavatti.
Dois atletas campo-larguenses participaram da Ultramaratona Morretes até Guaraqueçaba, realizada no último dia 15 de maio, no litoral paranaense. Viviane Melissa Portella e João Carlos Zavatti representaram a cidade e conquistaram as primeiras posições em suas categorias.
A atleta campo-larguense Viviane Melissa Portella sagrou-se campeã da Ultramaratona Morretes até Guaraqueçaba, percorrendo uma distância de 105 km, na prova realizada no último dia 15 de maio.
Viviane conta que a largada foi dada às 04h30, quando percorreu 27km em pista de asfalto e o restante em estrada de chão. “Fui a campeã geral feminina e fiquei em quinto lugar entre os homens. Comecei a treinar em fevereiro de 2021 para realizar provas longas. Meus treinos são realizados aqui em Campo Largo na rua e no parque Cambuí na pista. No final de semana realizo treinos longos de 30 a 40 km. Para realizar esse tipo de prova faço musculação na academia Challenge. Minha equipe é a Limite Zero, do atleta Allison Peres de Curitiba.”
Ela contou que levou “muita sorte”, pois no dia da corrida não estava chovendo. Essa era uma preocupação, pois a estrada de chão tem muita pedra, o que dificultaria ainda mais percorrer a distância. “Na ultramaratona usamos muito a cabeça e a concentração, pois corremos contra o percurso. Meu apoio de carro foi a minha amiga There Kochinski, um anjo durante todo o percurso me dando suporte com água, isotônico, azeitona e me orientando no caminho”, finaliza.
Já João Carlos Zavatti participou da Ultramaratona Morretes - Guaraqueçaba 80 km Survivor (sem apoio de carro) e conquistou a primeira colocação geral no tempo de 07h27min27seg. “A corrida foi muito bem organizada, com distanciamento social e corredores de máscara na largada. Minha expectativa estava alta, pois era a primeira corrida depois da pandemia - minha última prova foi em fevereiro de 2020.”
A corrida tinha um total de 1.573 metros de elevação, em estrada de chão, com predras pontiagudas e soltas, o que dificultava o percurso. “Comecei a corrida no ritmo dos treinos e mantive até o final. Senti dores musculares, mas lembrava dos incentivos da família e amigos. A maior dificuldade foram os últimos 5 km, pois eu estava em um trecho com muitas pedras soltas e dor na sola dos pés, mas mantive firme, pois já havia corrido 75 km e desistir não era algo que eu faria”, conta.
O atleta disse ainda que precisou preparar o psicológico para a prova, além do físico. Os treinos aconteciam de quatro a cinco dias por semana, em uma média de 100 km rodados por mês. O treino mais longo foi no dia 01 de maio, quando ele percorreu 33,6 km. Na semana da prova, diminuiu o volume de treino, realizando apenas 14km na terça e 5 km no dia anterior à prova, preocupando-se mais com a alimentação e hidratação. Atualmente ele treina com o grupo 14K e sozinho.
“Essa foi a corrida mais longa da minha carreira, até então tinha participado de maratonas de 42,1km. Meu próximo desafio será a ultramaratona de 105km”, finaliza.