A obra foi concluída em apenas 10 meses, gerou 150 empregos diretos e um impacto positivo em toda a comunidade do Cercadinho e São Luís
Foi entregue nesta quinta-feira (22) aos campo-larguenses a primeira obra, que contempla um viaduto e uma passarela, no Km 109 da BR-277, nas proximidades do Cercadinho, em Campo Largo, pela CCR RodoNorte. A obra foi concluída em apenas 10 meses. Desde o período da manhã o trânsito já havia sido liberado na região, mas a inauguração oficial, que contou com a presença de poucas autoridades, aconteceu no período da tarde.
Na data, esteve presente a presidente da CCR RodoNorte, a engenheira Thais Labre, que disse se sentir emocionada ao ver a obra executada e já entregue aos moradores. “É fantástico chegar no dia de hoje e ver essa grande intercessão pronta, entregá-la aos moradores, nós que trabalhamos com a obra desde quando ela ainda estava no papel. É trabalho de muita gente, um esforço em conjunto, em um prazo de apenas 10 meses, em meio a uma pandemia. Vai aumentar muito a segurança dos moradores, é outra condição. Não precisam aguardar uma pausa no fluxo de veículos, em uma rodovia de grande porte, para atravessar com segurança. Nós temos a estimativa de que por aqui passem 55 a 60 mil veículos por dia, sendo esse o trecho que a RodoNorte administra de maior movimento. Existem relatos de pessoas que precisavam esperar 20 ou 30 minutos para uma travessia segura. Agora, com essas intercessões, isso não acontecerá mais.”
O porteiro e morador da região há 20 anos, Sebastião Fernandes, comentou com a Folha que a obra veio para contribuir e muito com a realidade local. “Vai valorizar muito a nossa região agora, tanto no sentido dos imóveis, como também das empresas e comércios. Eu trabalho em Curitiba e ir para o trabalho eu precisava diariamente dirigir até o viaduto da Rondinha, fazer o retorno. Vou economizar algum combustível agora, isso ajudará no meu orçamento também. Além de tudo, a obra está muito bonita, estão de parabéns.”
Andamento da obra
De acordo com o diário da obra, repassado pela RodoNorte à Folha de Campo Largo, a interseção iniciou em junho de 2020 e é composta de um “viaduto rodoviário do tipo ferradura, pistas marginais e travessia para pedestres, permitindo assim a ligação entre bairros, retornos em desnível e também o acesso às áreas comerciais e residenciais existentes neste ponto”.
A obra gerou mais de 150 empregos diretos na região e, em seu início, teve 35 mil m2 de material escavado. Ainda de acordo com o diário da obra, nela foram usadas 12 vigas de concreto para a passagem do viaduto e passarela, vigas estas com 19,8 metros de comprimento e peso de 17 toneladas cada. Além disso foram usados 1805 metros de tirantes metálicos, para contenção dos muros de concreto, 162 estacas de concreto nas fundações e executados dois quilômetros de novas pistas marginais.
Tudo foi executado com a pista em pleno funcionamento e com poucas interrupções no trânsito, que aconteceram na maioria durante a madrugada, sempre anunciadas previamente pela empresa responsável pela obra.
Entre os maiores desafios foi executar a obra toda dentro de uma pandemia, o que exigiu cuidados redobrados com colaboradores e entrega de materiais. A previsão era ter entregue a obra ainda daqui três ou quatro meses. No sábado (24) serão fechados os dois retornos em nível, na proximidade do Km 106 e 108.
As obras no Km 104, onde será inaugurado o Viaduto Lucas Liça, seguem em andamento, com previsão de inauguração entre julho ou agosto.
Homenagem
Em janeiro deste ano, o secretário estadual de Infraestrutura, Sandro Alex, publicou em seu perfil no Instagram que o prefeito Marcelo Puppi seria homenageado, que havia falecido poucos dias antes da publicação, vítima da Covid-19. A nomeação foi autorizada pelo governador Ratinho Junior e segundo o secretário é uma forma de “homenagem ao seu trabalho e parceria nestas grandes obras”, escreveu na época.
Thais ficou emocionada ao relembrar o envolvimento de Marcelo Puppi nas obras. “Nós estávamos preocupados, pois nós não tínhamos ainda algumas áreas para implementação das marginais, principalmente, e pedimos o apoio dele. Ele se envolveu, foi até às empresas, conversou com a população para encontrar a melhor solução. Queríamos ele aqui, para inaugurar conosco, mas acredito que de alguma forma ele está presente”, finaliza.