Com uma população estimada de 133.865 habitantes [dados IBGE 2020], Campo Largo já atingiu cerca de 10% de pessoas contaminadas pela Covid-19. Até esta quarta-feira (21) foram 13.395 pessoas contaminadas
Com uma população estimada de 133.865 habitantes [dados IBGE 2020], Campo Largo já atingiu cerca de 10% de pessoas contaminadas pela Covid-19. Até esta quarta-feira (21) foram 13.395 pessoas contaminadas. Ainda é alto o número de óbitos por Covid-19, decorrentes do período de auge de contaminação no mês passado. Nas últimas três semanas os números de contaminações continuam altos, mas dentro de uma estabilidade. A vacinação contra a doença já atingiu mais de 11% da população, com cerca de 15 mil pessoas vacinadas.
“Ainda não é uma situação de conforto, nos deparamos com um vírus mais agressivo. É maior o número de pacientes que precisam de hospitalização. Também teve mudança na faixa etária, com adultos jovens necessitando de leitos. Ontem [segunda-feira (19)], por exemplo, subimos 36 em UTI, de 27 anos a 76 anos de idade, e 40 enfermarias para pacientes a partir de 26 anos. Infelizmente óbitos de pessoas mais jovens também”, declara a secretária municipal de Saúde, Daniele Fedalto.
Panorama geral
Dos residentes do município que foram contaminados pela Covid-19 desde o início da pandemia, 94,26% já estão recuperados. Houve um aumento de casos neste ano e de atendimentos no Centro Covid. Na semana 8, 9 e 10 teve um aumento dos números – da média de 330 casos por semana subiu para mais de 600 casos, o que fez com que mudassem para Bandeira Vermelha.
Houve casos de pacientes que ficaram até 10 dias intubados no Centro Médico por falta de leitos em hospital, que foi agravante no colapso da Saúde pela falta de disponibilidade. Mesmo assim, Daniele afirma que nunca faltou atendimento para os pacientes, desde uso de sedativos e respiradores. Ficavam monitorando os pacientes até conseguirem vaga - situação não só em Campo Largo, mas a nível Paraná.
Ela diz que, em virtude da população já cansada de isolamento e a mutação do vírus, aumentou o nível de transmissão e ainda tem sido comprovada que as variantes são mais agressivas. Por isso, querem captar o paciente o quanto antes para o atendimento.
Também realizam um programa de oximetria para fazer monitoramento de pacientes suspeitos em grupo de risco ou acima de 50 anos. O paciente leva o oxímetro para casa com objetivo de evitar o agravamento, que tem sido apresentado muito rápido. Para os pacientes em recuperação, que saem com sequelas pulmonares, montaram a reabilitação pós-Covid, na qual trabalham fisioterapia específica. Os pacientes que têm alta já podem procurar o atendimento que precisam nas Unidades Básicas de Saúde.
O Carnaval, finais de semana no litoral e aglomerações em geral somaram para o auge da pandemia. Segundo a secretária, todas as medidas restritivas para minorarem a circulação diminuiu a taxa de transmissão do vírus.
Diz que a demanda por vacina é muito grande, mas a quantidade recebida ainda é baixa. “Existe um Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde que compra e envia para os estados, que então abre para as regionais de saúde e distribui para os municípios. Vacina já vem para o grupo certo de acordo com o Plano. Vem em remessas, mas quantitativo pequeno”, explica. O Município realizava o agendamento para vacinar as pessoas até 70 anos. Agora está sendo realizado apenas o cadastro para um quantitativo das doses necessárias.