Foram premiadas três mulheres que foram consideradas inspirações para serem as homenageadas de 2021. São elas a Heloise Merolli, da Vinícola Legado, Dircelia Ryzy Stival, da Pastifício Ryzy, e Clarice Nesi Bo
O Prêmio Acicla Mulher contempla mulheres que fazem e fizeram parte da história de Campo Largo. Esta foi a 15ª edição e foram premiadas três mulheres que foram consideradas inspirações para serem as homenageadas de 2021. São elas a Heloise Merolli, da Vinícola Legado, Dircelia Ryzy Stival, da Pastifício Ryzy, e Clarice Nesi Bonato, que trabalha na Paróquia N. S. da Piedade. Elas receberam um troféu personalizado da Acicla nesta semana, para simbolizar esse reconhecimento.
Conheça um pouco sobre elas:
Heloise Merolli
Formada em Comunicação Social e Design de Interiores, atuou em sua área por mais de 10 anos, porém, em 2003 quando seu marido faleceu, resolveu se dedicar aos filhos e à família. Com este falecimento, ela e os filhos tornaram-se herdeiros de uma propriedade rural de criação de suínos e bovinos leiteiros em Campo Largo. Heloise assumiu a gestão da propriedade em 2006 com a difícil missão de sanear as finanças, reestruturar dívidas e reduzir custos. Foi então que resolveu realizar um projeto pessoal positivo, decidiu criar um verdadeiro Legado para seus filhos, dando origem à Vinícola Legado. Nos anos seguintes buscou se especializar fazendo pós-graduação e cursos na área.
Entre 2006 e 2010 se dedicou à implantação do vinhedo, às primeiras elaborações, marcadas pelo espumante Flair em 2008 como marco de primeiro produto elaborado pela Vinícola e continuou o trabalho de sanar financeiramente a fazenda, além de fazer uma pós-graduação em viticultura e enologia.
Entre 2010 e 2014 encerrou seu vínculo com a criação de suínos e iniciou a transformação da propriedade para fins enoturísticos, criou as linhas de vinhos e espumantes com as marcas Sapienza e Sfizio, inaugurou a loja na própria Vinícola e passou a receber visitantes.
Entre 2014 e 2020 conduziu a Vinícola a um processo de estruturação com a reforma necessária para abrigar uma cantina de elaboração, continuou seu trabalho nas áreas de viticultura, produção de vinhos, turismo e marketing e passou a ver o resultado de sua dedicação em inúmeras premiações nacionais e internacionais.
Hoje a Vinícola Legado produz de 10 a 15 mil garrafas por ano exclusivamente com uvas próprias, desenvolve trabalhos de pesquisa junto a instituições federais e estaduais, presta assessoria técnica para novos produtores na região dos Campos Gerais, seguindo sua missão de definir um novo terroir na produção brasileira, com qualidade e autenticidade.
Nesse período de 15 anos as dificuldades foram inúmeras, mas mesmo assim a Vinícola Legado continua aberta e Heloise segue inovando e buscando novos horizontes para si e para a empresa. Por tudo isso, ela acredita que seu verdadeiro legado não é o legado material da terra, mas sim do exemplo, que quando se tem um sonho e um objetivo, com muito trabalho, determinação, dedicação constante, ética e esperança, somos capazes de nos superar e muitas vezes alcançar o que ontem parecia inimaginável.
Dircelia Ryzy Stival
Proprietária da Pastifício Ryzy, deixou seu trabalho de manicure e resolveu, junto com seu filho, iniciar a venda de massas, feitas com muito amor e carinho. Hoje a empresa tem dois anos e está crescendo cada vez mais. É ganhadora do prêmio Acicla Mulher Empreendedora.
Clarice Nesi Bonato
É graduada em Teologia pela PUCPR e integrante do Grupo de Pesquisa: Teologia, Gênero e Educação –PUCPR. Funcionária da Mitra Arquidiocesana, trabalha na Pastoral Catequética da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, Campo Largo. Casada com Luiz Fernando Bonato, tem dois filhos e dois netos.
Com a dor do desafio de uma amiga acometida pelo câncer, criou o Grupo de Apoio Flor de Íris em dezembro de 2017, em Campo Largo. Em 2019 o grupo foi vinculado ao projeto de extensão Escuta Empática do Programa de Pós-graduação em Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná-PUCPR. O Grupo objetiva propiciar acolhida, partilha e troca de experiência no processo de cura da enfermidade. Com a escuta empática progressiva, o grupo partilha e se conecta com a dor vivenciada pelo o outro buscando promover vínculos de fortalecimento e de resiliência diante dos impactos pessoais, familiares e comunitários advindos da enfermidade.
A escuta empática contribui para estar com outro na sua experiência de vida possibilitando através do aconselhamento a convivência com a comunidade; o reavivamento da espiritualidade e da fé. A perspectiva deste grupo consiste em demonstrar encorajamento mediante a escuta; apoiar o outro e clarificar seu discurso; acompanhar para que o outro sintetize sua narrativa; gerar reflexão durante o processo de escuta no aconselhamento e reformular o conteúdo narrado pelo outro. Além disso, busca-se com a escuta empática levar o outro a ressignificar sua experiência de dor num processo de reintegração e de busca de sentido da vida.