A Porcelana Industrial Paraná foi fundada em 1954 por João Stukas e Enrico Bordone. Mais tarde, inclusive, João Stukas foi homenageado com o nome na rua onde era localizada a empresa
A Porcelana Industrial Paraná foi fundada em 1954 por João Stukas e Enrico Bordone. Mais tarde, inclusive, João Stukas foi homenageado com o nome na rua onde era localizada a empresa.
A Folha conversou com Antonio Stukas, filho dele, que relatou que João nasceu na Lituânia, país europeu, e aos 18 anos veio para Santos trabalhar na construção de estrada de ferro, quando na época foi orientado a trabalhar com oficina mecânica, devido a seu conhecimento. Então começou a fazer ferragens e matrizes. Depois foi trabalhar como diretor de produção na Porcelana Brasil, junto com Enrico Bordone.
Ambos vieram para Campo Largo em 1954 e como sócios fundaram a PIP - Porcelana Industrial Paraná, destinada à fabricação de peças refratárias e componentes cerâmicos para produtos elétricos de baixa tensão. Com dificuldades e pouca estrutura, inicialmente faziam os próprios equipamentos e aos poucos foram se reestruturando.
Ele comenta que um setor bem organizado foi a oficina mecânica, que fazia os moldes para injetar plástico. Dali começou a empresa Arte Matriz, fundada por antigos funcionários da PIP e depois Lorenzetti. Também de profissionais dali foi fundada a Enerbras.
João estudava muito para fazer equipamentos com baixo custo, como fornos e queimadores e quando ele construiu fornos contínuos e adquiriram equipamentos novos, começou a aumentar a produção e a empresa tomou grandes proporções. Chegou a ter 600 funcionários quando foi vendida para a Lorenzetti. Trabalharam muitos jovens, com idade de 13 ou 14 anos, e por isso fizeram a vida nesta empresa e aprenderam muito.
Antonio lembra que tinha o time de futebol da PIP, inclusive campeonatos que aconteciam no campo da empresa, e dali saíram atletas para o Internacional, por exemplo. Na estrutura, também um tanque para eles mergulharem depois da sauna. Uma estrutura que reunia todas as famílias de funcionários, sendo um grande atrativo na cidade na época. Por cerca de 15 anos Antonio também trabalhou na PIP e PEP, para então depois trabalhar na Incepa e depois abriu sua própria empresa.