A semana foi marcada por dois eventos bastante esperados, a vacina contra a Covid-19 e a chuva.
A semana foi marcada por dois eventos bastante esperados, a vacina contra a Covid-19 e a chuva. No boletim metrológico divulgado em dezembro de 2020, quando trazia uma previsão para o Verão 2021, o Simepar já previa entre 130-210 milímetros de chuva para o mês de janeiro, além de trazer a informação que a estação possui um histórico de vendavais, tempestades e mesmo granizo.
O Paraná atravessa a pior crise hídrica da sua história, e para essa situação, as chuvas são de extrema importância para a recuperação. Em várias cidades da Região Metropolitana de Curitiba acontece o rodízio, quando determinados bairros ficam sem recebimento de água, em vigor desde março do ano passado. Embora o volume registrado de água tenha sido acima da média histórica, melhorando bastante a situação dos reservatórios da região, a situação está longe de normalizar, conforme indica a Sanepar, que recomenda o consumo consciente de água sob quaisquer circunstâncias.
Agricultura comemora com cautela
A chuva chega no momento da colheita da safrinha de milho e feijão em Campo Largo, conforme explica o diretor do Sindicato Rural de Campo Largo, Hugo Ruthes, o que pode atrapalhar a colheita para alguns produtores. “Para quem produz hortaliças e frutas, de maneira geral e não conta com irrigação, é motivo para comemorar, pois sofremos com a seca por um longo período. Mas a chuva por muito tempo também assusta o produtor, pois a umidade pode trazer pragas, como o fungo nas raízes e fazer ter grandes perdas.”
Hugo explica que a chuva é importante principalmente no momento em que as sementes estão sendo plantadas – germinação – e na hora da floração, para que a planta possa se desenvolver bem. Assim como o sol é de extrema importância para o crescimento da mesma.
“Quando as chuvas duram mais de 15 ou 20 dias ficamos bem preocupados com as plantações e precisamos começar a adotar medidas de prevenção. É algo que foge do controle do agricultor e de qualquer pessoa, mas que vamos aprendendo a administrar”, acrescenta.
Preço dos alimentos
Sobre a alta dos alimentos, Hugo explica que em 2020, com a alta do dólar, o preço das sementes e produtos para adubo disparam. “Grande parte dos produtos são em dólar ou influenciados por ele, então o impacto existiu. Além disso, o Brasil viu a oportunidade de exportar uma grande porção da safra de milho e soja, especialmente, e vendeu mais do que produzia, agora precisa comprar mais para suprir a demanda do mercado interno. Isso fez disparar o preço de produtos básicos, como o óleo de soja, que era vendido a R$ 2 e hoje está custando mais de R$ 6. A partir de setembro ou outubro, com a entrada de uma nova safra, isso tende a regularizar, mas até lá teremos que segurar mais um pouco”, finaliza.