O exame de necropsia no Instituto Médico Legal de Curitiba, deu como inconclusivo para a causa da morte por mecanismo de violência. A Polícia Civil investiga o caso como suspeita de Feminicídio e pretendia pedir a prisão do suspeito, mas o laudo muda os rumos do inquérito.
Mariângela Fontana Barbosa, de 35 anos, na madrugada da última sexta-feira (01/01), no Loteamento Leal, foi encontrada morta depois de uma discussão. O suspeito, segundo testemunhas, deixou o local transtornado. Parentes e vizinhos foram ouvidos por investigadores da Polícia Cívil, ficando a suspeita que o marido tivesse participação na morte da esposa durante a confusão. Inclusive o comportamento dele após o ocorrido, acabou colaborando para que recaísse suspeita sobre ele.
Com o relato do médico legista, de que os exames não indicaram nenhuma causa para a morte, muito menos por mecanismo de esganadura, que seria a primeira suspeita da polícia. Os investigadores da 3ª DRP, comandados pelo Delegado Haroldo Davidson e supervisionados pelo Superintendente Clóvis Pinheiro, descartam o crime de Feminicídio. A família do acusado não acredita que ele seria capaz de tal brutalidade. A vítima pode ter sofrido infarto em decorrência da briga entre o casal.
O crime de Feminicídio está capitulado no artigo 121, parágrafo 2°, inciso VI do código penal, a pena de reclusão de 12 a 30 anos, para o homicídio contra a mulher. O Delegado Haroldo destacou que: "A morte existiu mas não podemos concluir que foi intencional. Com certeza foi em decorrência da discussão havida entre o casal naquela noite. Mas temos que investigar e avaliar a intenção. Definir o que originou a discussão e a dinâmica do resultado que adveio a morte".