Foi publicada no Diário Oficial da União uma multa da Controladoria Geral da União (CGU) à rede Madero. O valor é de R$ 442.690 – o que representa 0,1% o valor do faturamento bruto da empresa em 2017, sem considerar os tributos. O motivo é a condenação por “ter em diversas oportunidades dado vantagens indevidas, em dinheiro e em alimentos, a servidores públicos federais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) designados para fiscalizarem suas instalações em Balsa Nova/PR e Ponta Grossa/PR”, conforme a publicação, assinada pelo ministro Wagner Rosario.
Além do pagamento em dinheiro, há outras exigências para tornar a situação pública, como afixar em edital por 30 dias, nas entradas principais de pedestres da sede da empresa e dos seus estabelecimentos nos quais ocorreram os atos lesivos, em posição que permita a visibilidade pelo público, em tamanho não inferior a 210 mm de largura e 297 mm de altura, em fonte Arial ou similar, tamanho de fonte não inferior a 32 para o título, e 20 para o restante do texto. Em Balsa Nova não há mais a unidade dessa rede.
Em contrapartida, o Grupo Madero emitiu nota na qual afirmou que vai tomar as medidas legais cabíveis para recorrer da decisão. Argumenta que a realidade é que, em 2015, foi vítima de ameaças e extorsões de fiscais do Mapa. Até mesmo que já tinha procurado a Polícia Federal, que colaborou com as investigações, junto com o Ministério Público Federal e Justiça Federal. Com os fatos analisados e sem nenhuma responsabilidade à companhia. Ainda afirmam que “é uma empresa sólida, idônea e que se pauta pela seriedade, qualidade de seus produtos e serviços, bem como na ética que rege a conduta de seus representantes e funcionários”.
A rede, que planejava abrir 65 lojas neste ano e estava em rápida expansão por todo o Brasil, é uma das empresas que sofreu bastante com a pandemia, sendo necessário, inclusive, demitir 600 funcionários.