Sem poder sair em horários alternativos para pegarem ônibus, os primeiros veículos da manhã e os que circulam no final da tarde são sempre os mais lotados e com maiores chances de disseminação da Covid
Pessoas que precisam usar as linhas de ônibus estão bastante preocupadas com a sua saúde. Sem poder sair em horários alternativos para pegarem ônibus, os primeiros veículos da manhã e os que circulam no final da tarde são sempre os mais lotados e com maiores chances de disseminação da Covid-19. Com a classificação de alerta laranja para Campo Largo, Curitiba e toda a Região Metropolitana, essa preocupação torna-se ainda mais constante para quem precisa.
Uma leitora que entrou em contato questionou “de que adianta fechar academia, igrejas e nos ônibus andar dessa forma, não sou a única indignada”. Outra leitora também se manifestou dizendo que “eu não tenho como pegar ônibus em horário que está menos cheio, menos apertado. Isso vai acontecer perto de 9h, horário que eu preciso estar no meu trabalho já. À tarde é a mesma coisa, não tem como ser liberada antes e, depois de um dia de trabalho, vou precisar ficar esperando até 20h para pegar um ônibus vazio? Isso não me parece justo”.
Além disso, pessoas enviaram para a Folha de Campo Largo várias fotos que mostram a superlotação e das filas extensas nos terminais, sem a possibilidade de realizar o distanciamento social, recomendado pelos órgãos de saúde, colocando, assim, em risco a saúde dos usuários nestes períodos.
A Folha entrou em contato com a Comec para saber quais os planos de ação para melhorar o transporte público, principalmente agora que Campo Largo, Curitiba e a RMC estão no alerta laranja, que se manifestou por meio de nota: “Na tarde desta quarta-feira (17), o governador Ratinho Júnior, secretários e Comec estiveram reunidos com prefeitos da Região Metropolitana de Curitiba traçando um plano de ação para a Região. Um decreto deverá ser público em breve, restringindo o horário de funcionamento de diversas atividade, o que trará um impacto na demanda do transporte coletivo. A Comec já tem acompanhado a demanda e realizado alterações diárias em sua operação. E precisará agora aguardar a publicação do decreto, para entender como as medidas irão influenciar no comportamento da demanda e realizar os ajustes necessários”.
A Empresa de Ônibus Campo Largo também se manifestou por meio de nota: “Continuaremos a operar de forma segura e controlada, buscando a sustentabilidade operacional dos serviços, cuja demanda está em 40% em relação ao que era antes da pandemia. Até o presente momento não recebemos nenhuma determinação das autoridades para algum tipo de operação especial”.