As obras de construção do empreendimento Madison Condomínio Clube, localizado no bairro Itaqui e sob responsabilidade da Construtora Lyx Engenharia, serão retomadas assim que forem emitidos os documentos necessário
As obras de construção do empreendimento Madison Condomínio Clube, localizado no bairro Itaqui e sob responsabilidade da Construtora Lyx Engenharia, serão retomadas assim que forem emitidos os documentos necessários, por parte da Prefeitura e do Instituto da Água e Terra. A obra havia sido paralisada ainda em agosto de 2019, por conta de uma ação cível movida pelo Ministério Público do Paraná. Segundo a assessoria da Lyx, na época a empresa não foi chamada ao processo.
Em setembro de 2019 a Folha noticiou a suspensão das obras do empreendimento Madison Condomínio Clube, da Construtora Lyx Engenharia, após ser alvo de investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), durante a segunda fase da Operação Rota 66, que investigou corrupção e concessão ilícita de alvarás a esta empresa. Neste mesmo mês, de acordo com a assessoria, uma decisão liminar do Tribunal de Justiça do Paraná deu ganho parcial para a Lyx.
Foi apenas em maio de 2020 que o recurso foi julgado pelo colegiado do Tribunal de Justiça, reverteu integralmente a decisão inicial de primeiro grau e autorizou os órgãos responsáveis a fazerem as emissões das licenças necessárias para dar continuidade à obra. Até o fechamento desta edição, a construtora ainda aguardava que a Prefeitura de Campo Largo e o Instituto da Água e Terra (antigo IAP) cumprissem a decisão judicial e emitissem os respectivos documentos necessários à retomada da obra.
O Madison Condomínio Clube já tem mais de 50% das suas unidades comercializadas e está sendo construído em uma área de aproximadamente 80 mil metros quadrados, com 1.120 apartamentos, que se enquadram no programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal. Na época da paralisação das obras, a construção estava com 31% do cronograma efetivado e com prazo de entrega para 2021.
O jurídico da Lyx, por meio da assessoria, explicou que o processo ainda se encontra em fase de produção de provas, e, portanto, ainda não foi finalizado, entretanto, “a decisão em sede de recurso deixa claro não existirem quaisquer elementos que justifiquem qualquer paralisação das obras no curso da ação civil”.
Sobre os contratos de venda já firmados entre a empresa e os futuros moradores, a Lyx se pronuncia dizendo que “os contratos de aquisição de imóveis firmados com a Lyx e o agente financiador permanecem válidos, especialmente agora que há determinação judicial de retomada das obras. Como as atividades de construção estavam bastante adiantadas na época da paralisação (agosto de 2019), a Lyx ainda se encontra dentro do prazo previsto em contrato para entrega das obras. A única exigência é que os clientes continuem cumprindo o que foi acordado no contrato de compra para garantir o recebimento dos respectivos imóveis na conclusão da obra”.
3 mil novos empregos
Com o retorno das obras deste empreendimento, a Lyx informa que serão gerados direta e indiretamente, aproximadamente três mil novos postos de trabalho, entre eles oportunidades de funções como pedreiro, carpinteiro, encanadores, eletricistas, armadores, pintores e serventes, reservado para essas funções cerca de 600 vagas. Há ainda 100 vagas para corretores de imóveis e 10 para gerentes comerciais.
Pessoas interessadas em concorrer às vagas podem entrar em contato pelo e-mail talentos@lyxengenharia.com.br e serão direcionadas para as construtoras contratadas que são as responsáveis pela seleção desses profissionais, de acordo com a demanda.
O que dizem a Prefeitura e o Instituto da Água e Terra
A Folha de Campo Largo procurou a Prefeitura Municipal de Campo Largo e também o Instituto da Água e Terra do Paraná.
A Prefeitura de Campo Largo explicou que ficou acordado entre as partes, em juízo, que a Lyx precisaria apresentar um plano de regularização, que contempla novos licenciamentos e regularização das obras, visto que há pontos que ainda precisam ser revistos no projeto para que fiquem de acordo com o Plano Diretor. “Até que a Procuradoria do Município não se manifeste a favor, pedindo para que nós da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente façamos a emissão do documento, não temos como fazer nada”, finalliza.
Já o Instituto da Água e Terra, por meio de assessoria se manifestou: “A representação judicial do Instituto Água e Terra (antigo IAP) é exercida pela Procuradoria Ambiental, a qual nos comunica sobre decisões judiciais preferidas nos autos, a fim de adotarmos as medidas administrativas cabíveis. Consultamos a Procuradora responsável pela referida ação e a mesma pediu que qualquer tipo de solicitação de informações, seja feita formalmente. Até o presente momento, não fomos comunicados sobre qualquer decisão relacionada ao assunto”.