Neste ano, a Folha, infelizmente, já publicou notícias de atropelamentos várias vezes e em muitos dos casos eles tiveram como resultado a morte do pedestre.
Neste ano, a Folha, infelizmente, já publicou notícias de atropelamentos várias vezes e em muitos dos casos eles tiveram como resultado a morte do pedestre. Dentro da cidade, segundo dados da Polícia Militar, foram cinco acidentes, apenas com pessoas feridas. Já no ano passado, foram nove atropelamentos e um óbito. Já os dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que na BR-277 registraram, em 2019, 13 acidentes, com 13 pessoas feridas e cinco mortas. Em 2020, foram cinco acidentes, com três pessoas feridas e duas mortas. Em sua maioria, os acidentes do tipo atropelamento são causados pela desatenção, tanto do pedestres como motoristas.
“Atropelamentos são, em muitas situações, casos fatais, especialmente quando falamos do trânsito das rodovias. Às vezes os pedestres pensam que estão economizando tempo ao realizar uma travessia direto, sem procurar um ponto seguro, mas acabam arriscando suas vidas. É sempre importante procurar um ponto de travessia segura, como passarela ou semáforo para realizá-la e em locais onde não tenha esses equipamentos de segurança, não ter pressa para atravessar e calcular bem a velocidade do veículo antes de ir em direção à pista”, explica o policial rodoviário Maciel Junior.
Outras indicações feitas pelo policial, para quem precisa realizar a travessia ou mesmo andar no acostamento, é usar roupas claras e adquirir coletes refletivos - muitas vezes disponíveis das concessionárias -, para visualizar o pedestre à noite ou em meio a neblina ou chuva.
Idosos e crianças não devem fazer a travessia da rodovia sozinhos em hipótese alguma, alerta o policial. “Os idosos, embora conheçam o trânsito, podem ter dificuldade em reconhecer a velocidade do veículo. É muito diferente atravessar uma rua, dentro da cidade, onde os veículos circulam de 40 a 60 Km/h, possui semáforos e faixas de pedestre a cada esquina, do que atravessar em uma rodovia, em que a velocidade é mais alta e transitam veículos pesados, como caminhões e que são mais difíceis de serem parados. Ao atravessar com uma criança, se puder, a pegue no colo, para evitar que ela acabe escapando e também para conseguir andar mais rápido, pois a travessia de uma rodovia deve ser o mais breve possível”, orienta.
O motorista deve estar sempre atento ao que está acontecendo em sua volta, utilizando inclusive a sua visão periférica, para verificar se há risco de algum pedestre realizar a travessia. A velocidade deve ser compatível com a pista e, principalmente para conduzir um veículo em uma rodovia, é importante que ele seja um motorista já experiente, o que pode fazer toda a diferença.
“A autoescola é um período curto da vida de um motorista, mas ele deve internalizar a direção defensiva e aplicá-la sempre, para que tenhamos um trânsito mais seguro. É importante conhecer o tipo do carro que está dirigindo, qual o seu freio e como utilizá-lo, pois isso fará a diferença para realizar uma manobra e evitar um acidente”, explica.
O que fazer em caso de acidente?
“Os motoristas devem realizar a frenagem do veículo e não mudar a faixa em que estão, sob consequência de causar um acidente ainda mais grave, envolvendo outros veículos”, diz. Acidentes do tipo atropelamento pedestre x motociclista podem ser ainda mais graves, explica Maciel, inclusive com morte de ambos os envolvidos, por isso a atenção deve ser redobrada para quem está pilotando.
Os caminhões andam em velocidade compatível ou menor do que carros e motocicletas, mas, quando estão carregados, torna-se ainda mais difícil realizar uma parada.
Em caso de acidente, pare o veículo, sinalize o local e entre em contato com a instituição responsável pela via: Polícia Rodoviária Federal (191) para rodovias como a BR-277, Polícia Rodoviária Estadual (198), para rodovias como PR-423 e PR-510 e dentro da cidade a Polícia Militar (190) e o Siate (193).
“Em caso de acidente em uma rodovia federal, o motorista ou outra pessoa que está no local deve descrever o local da melhor forma possível, passar informações do veículo e do pedestre atropelado, além de realizar a sinalização com o triângulo. A própria PRF irá fazer o contato com o atendimento médico e enviará uma viatura para o local. Em caso de morte do pedestre, o motorista deve permanecer no local, serão realizadas fiscalização no veículo e teste de bafômetro no motorista, para verificar se ele não está sob influência de álcool, bem como investigação da causa do acidente, se partiu do motorista ou do próprio pedestre”, finaliza.