A personal trainer e fisioterapeuta Carolina Dittmar conquistou no último sábado (14) dois prêmios na competição de fisiculturismo, realizada em Curitiba.
A personal trainer e fisioterapeuta Carolina Dittmar conquistou no último sábado (14) dois prêmios na competição de fisiculturismo, realizada em Curitiba. Competindo pela categoria Bikini, a estreante nas competições levou para casa o primeiro lugar na apresentação Open e o terceiro lugar na Novos.
“Eu participei em duas apresentações na mesma categoria. A categoria Bikini para atletas estreantes - esse primeira chamada de Novos- e a categoria Bikini para atletas estreantes e experientes juntos - essa segunda é chamada de Open e foi separado por altura - abaixo de 1,63m e acima de 1,63m. Eu me preocupei bastante em aparentar um bom físico e fazer uma boa apresentação no palco, mas por ser o meu primeiro campeonato eu fui esperando nada além de agregar experiência. Não imaginava que ganharia nada. Então fique muito surpresa e feliz por ter levado dois pódios e ganhar minha classificação para o Brasileiro e também para o Sul Americano”, conta.
A competição que Carolina participou foi a nível estadual, porém já foi classificada para o Campeonato Brasileiro, que deve acontecer no mês de maio, e para o Sul Americano, que acontecerá em setembro, ambos em São Paulo.
Ela conta que a oportunidade de participar da competição surgiu quando seu treinador fez uma seleção com mulheres interessadas em se tornarem atletas de fisiculturismo, e como essa já era uma ideia que há tempos estava na cabeça da Carolina, decidiu participar desta categoria. Conforme explica, na categoria Bikini são avaliados o conjunto entre beleza do rosto e físico atlético sem muito volume muscular. Os pontos mais avaliados são os ombros, linha de cintura e glúteos.
Preparação e dedicação
A decisão de competir aconteceu em dezembro de 2019, mas a preparação efetiva só começou em janeiro deste ano, quando começou a dieta e treinos específicos para o resultado que precisava. Ela conta que por ter um físico parecido com o esperado de uma atleta Bikini, não foi tão difícil conquistar o padrão esperado para a competição.
“A dieta com certeza foi o mais importante. Quando comecei estava com um percentual de gordura de 18% e precisava estar com um percentual entre 10 e 12% para subir no palco da competição. Consegui subir com 11% de gordura e com um padrão de corpo satisfatório. Com certeza isso só foi possível graças ao bom planejamento do meu treinador e também ao meu comprometimento em não furar a dieta. Também precisamos criar estratégias para diminuir minha linha de cintura que era mais quadrada. Fizemos um trabalho para aumentar um pouco os músculos das costas e glúteos e diminuir a gordura abdominal para criar uma linha de cintura menor”, conta.
Agora, ela disse que o foco é manter o que foi conquistado, para não ter muito trabalho na recuperação semanas antes da competição, e melhorar em alguns pontos, que serão avaliados em datas próximas.
“Assim como em outros esportes, o fisiculturismo exige muita dedicação do atleta. Quando colocamos a palavra atleta na frente saímos do padrão normal de treino e dieta comparados a uma pessoa comum. O atleta precisa estar comprometido com o próprio resultado e disposto a abrir mão de muitas coisas. Ele deixa de ser uma pessoa comum e passa a ser uma pessoa que compete e o alto nível de competição exige bastante esforço. Muitos desistem no caminho. É um jogo muito mental e o fisiculturismo é um jogo de um homem só. Se o atleta não fizer, o resultado não vem”, ressalta.
Fisiculturismo e o preconceito
Ainda existe muito estigma e até mesmo preconceito de pessoas que não conhecem as competições de fisiculturismo. “O padrão do fisiculturismo exige um percentual de gordura bastante baixo e músculos bem tonificados, no caso da categoria Bikini. Quando falamos de outras categorias como Wellness, Woman’s Figure, Woman’s Physique e outras onde o volume muscular precisa ser maior, esse preconceito aumenta ainda mais. Essa combinação de tônus ou volume muscular alto e percentual de gordura baixo gera um físico não tão ‘estético’, se comparado ao físico de uma pessoa não atleta. Bonito ou não, temos que entender que o atleta está apenas fazendo o trabalho dele. Em um mundo onde a maior parte da população está pelo menos um pouco acima do peso e isso sim é o preocupante, o atleta de fisiculturismo deveria ser menos criticado”, finaliza.
Para participar das competições à nível nacional e Sul Americano, Carolina busca parcerias e patrocínios de empresas locais. Interessados podem entrar em contato com ela pelo e-mail carolinadittmar@gmail.com.