Domingo às 24 de Novembro de 2024 às 12:06:56
Policial

Promotoria de Campo Largo pede júri popular para causador de trágico acidente na 277

Promotoria de Campo Largo pede júri popular para causador de trágico acidente na 277

Fonte: site CBN Foto: Célio Vigilato

 

A promotoria do Fórum da Comarca de Campo Largo, pediu júri popular para caminhoneiro que causou trágico acidente, que ocasionou seis mortes, em maio de 2017, na BR-277 descida da Serra de São Luiz do Purunã.

 

Tragédia

 

O trágico acidente envolvendo três caminhões e quatro carros, no km 124 sentido Sul, numa das maiores tragédias já ocorrida, no trecho da rodovia que corta os municípios de Balsa Nova e Campo Largo. O engavetamento causado por uma carreta que não reduziu a velocidade e colidiu na traseira de caminhões, os empurrando pra cima de veículos de passeio que estavam parados, por causa de obras na rodovia.

 

As seis pessoas que perderam a vida naquela triste tarde de 25 de maio de 2017, entre elas duas crianças, estavam nos veículos esmagados, uma Land Rover, um Gol e um Escort. Foram registrados dois óbitos em cada carro, quatro feridos, sendo que os ocupantes dos caminhões saíram ilesos. Entre as vítimas fatais estava uma mulher e seu filho, um casal e duas meninas, as irmãs de 06 e 13 anos, que moravam em São Luiz do Purunã.

 

Na ocasião o motorista do caminhão causador do acidente, que estava carregado de milho, acabou preso pela PRF logo depois do acidente, pagou fiança de 20 salários mínimo e foi liberado na 3ª DRP de Campo Largo. Ele relatou em seu depoimento que só percebeu o trânsito parado logo após a curva e tentou segurar o caminhão, mas faltou freio.

 

Júri

 

Eduardo Labruna Daiha, Promotor de Justiça da 2ª Promotoria de Justiça do Forum Regional de Campo Largo, pediu que o motorista vá a juri. O réu foi enquadrado no crime de homicídio qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa das vítimas. De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o motorista assumiu o risco de matar ao manter os freios do caminhão com peças velhas, desgastadas e não recomendadas pelos fabricantes.

 

Além disso, segundo o promotor, um dos cilindros estava amarrado por cordas e ?a frenagem do segundo eixo era completamente inoperante, promovida voluntariamente como forma de atenuar o desgaste do sistema de freios e diminuir os custos de manutenção do veículo?. Daiha ainda ressalta que o tacógrafo, equipamento que mede a velocidade média do caminhão, apresentou números acima da velocidade máxima permitida? indicando um padrão de hábito na condução do veículo?.