O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estão alertando as famílias em áreas de risco
Com as constantes chuvas desde o início da semana, pessoas que moram em áreas de risco, próximo a encostas tiveram estragos em suas casas. Em Campo Largo até a manhã de quinta-feira 38 pessoas estavam desabrigadas, sete residências e um prédio público. Os bairros mais afetados no município são o Francisco Gorski, e o distrito da Ferraria.
No município casas nos bairros Albina Grigoleti e Itaqui também estão em áreas de risco. A moradora Célia Márcia Correia da Rua Cuba 130 no bairro Francisco Gorski teve a parede de sua casa quebrada na terça-feira (8) por volta das 13h, e compremeteu a estrutura do chão que é de madeira. Célia comenta que outras vezes já aconteceram deslizamentos de terra, mas não como dessa vez, em que uma pedra de barro quebrou a parede de madeira, Célia é moradora do bairro há sete anos.
Com o desmoronamento da terra, Célia e seus filhos estavam em risco, e como medida de prevenção o Conselho Tutelar levou os quatro filhos de Célia, com idades entre oito e 15 anos para a Casa Lar. O incidente causou um transtorno para a família que precisou afastar do quarto atingido móveis, roupas e colchões para que não fossem molhados e nem sujos pelo barro.
Na quarta (09) pela manhã a Defesa Civil esteve na casa de Célia para cortar as árvores, cobrir o barranco com lona, e passar orientações aos moradores. O promotor da Vara da Infância, Álvaro Torrens acompanhou a visita. Enquanto continuar o mau tempo a Defesa Civil permanecerá fazendo o monitoramento.
Célia conta que toda vez que chove os moradores enfrentam problemas, por não ser uma rua asfaltada os bueiros ficam sobre carregados de terra e pedra, mas por ser uma rua com desnível a água não costuma alagar as casas. Além da residência de Célia, outras três casas também estão sujeitas a ser atingidas pelo desmoronamento.
Na quarta à tarde a assistente social Madalena e a psicóloga Fabíola, coordenadora do Projovem no bairro Francisco Gorski, estiveram novamente visitando os moradores que tinham suas casas em situação de risco. E passaram a noite abrigados na Associação dos Funcionários da Cocel (Ascel), onde puderam levar os utensílios de primeira necessidade, como eletrodomésticos, alimentos e roupas.
Nesse momento de dor vivido pelas famílias do Gorski, sempre há pessoas sensibilizadas com o ocorrido. O presidente da Associação de Moradores do Jardim São Vicente, Alexandre Deda, colocou a disposição a sede da associação, para as família do bairro ficarem alojadas.
A Defesa Civil do município de Campo Largo divulga um comunicado recomendando as famílias que residam nas encostas de morros na região do Distrito de Ferraria, que deixem suas casas e busquem abrigo nas residências de amigos, parentes e/ou vizinhos. Ainda solicita as pessoas nessa situação que entrem em contato através do telefone 3393-5670 informando a localização de seu imóvel. Equipes da Defesa Civil estarão efetuando visitas a estes locais para averiguar a possibilidade de desmoronamento de terra.
A Defesa Civil informa que na Ferraria é grande o risco de desabamentos. A recomendação leva em conta as fortes chuvas que assolam a região há vários dias e a situação geográfica do distrito, que concentra cerca de 20 mil habitantes e um grande número de casas construídas nas encostas de morros.
Campo Largo é apenas um das 44 cidades que sofreram algum estrago devido a chuva. Em todo o Paraná cerca de 3 mil residências, e 10.529 pessoas tiveram estragos em suas devido o vento forte e a chuva. Danos materiais foram registrados, como quedas de árvores e destelhamentos de algumas casas.