29-06-2010

A crescente violência na região do Cercadinho, principalmente nas ruas próximas À BR-277, tem causado uma série de transtornos a moradores e empresários dos bairros da região. Assaltos, arrombamentos, tráfico de drogas, além do perigo que representa as duas pistas da rodovia, são pontos negativos que impactam na decisão para implantação de indústrias ou para fixação de residência, naquela região.
   Tanto o comércio como as indústrias de pequeno porte, ou de médio, que empregam 80, a 100 pessoas, têm sofrido com a ação de marginais. Um empresário local disse que "muitos dos marginais arrombam as portas das indústrias, à procura de dinheiro ou objetos de valor, possivelmente para trocar por drogas. Isso acontece principalmente nos fins de semana. O comércio e o consumo de drogas aqui é muito grande", disse ele.

Medo

Trabalhadores nas indústrias locais têm medo de sair tarde do trabalho, e dar de "cara" com viciados em drogas, que ficam próximo às passarelas. Muitos já foram assaltados e, em geral, não registram queixa na Polícia, por acreditarem que não adianta. Até mesmo arrombamentos sem grandes prejuízos para as indústrias, não são relatados à Polícia. Esse comportamento contribui para que a violência continue em alta. Se todas as ocorrências forem registradas, os organismos policiais se voltarão para a região, podendo por fim à onda de criminalidade.
   Nos últimos meses, o número de assaltos e arrombamentos aumentou, na região. Um dos casos que mais chamou a atenção dos empresários, foi o arrombamento do escritório da indústria de Móveis Adattari, localizada na marginal próximo à passarela do Rio Verde. Os ladrões arrombaram a porta da frente e todas as internas do escritório, no dia dois de junho, e levaram quatro computadores, seis monitores e um laptop.
   Loraine Bozzi, diretora da Adattari, disse que o prejuízo maior, além do hardware, foi com os programas de computadores, inclusive um soft de corte, levados pelos ladrões. Ela disse que a empresa está instalada naquela região há 20 anos, e esta é a primeira vez que isso acontece. "Há sim, insegurança dos funcionários, principalmente no fim do expediente, nós sempre nos preocupamos com isso, mas desta vez os ladrões atingiram a empresa, diretamente", disse ela. Sabe-se apenas que os ladrões eram, em cinco, que demoraram pouco dentro da empresa e utilizavam um veículo preto, possivelmente o mesmo usado por assaltantes de uma panificadora e de um supermercado na região.
   A empresária adiantou que "não mexemos com dinheiro, aqui, tudo é feito eletrônicamente, inclusive o pagamento dos funcionários, exatamente para evitarmos assaltos. Temos um sistema de segurança, mas eles demoram muito para chegar".
   O clima de medo é crescente, entre os moradores e empresários da região.