David Castilho tem apenas cinco anos de idade. No dia 20 de abril ele foi vítima de um grave acidente de trânsito,
David Castilho tem apenas cinco anos de idade. No dia 20 de abril ele foi vítima de um grave acidente de trânsito, numa curva da rua Alcebíades Affonso Guimarães, uma das mais perigosas da cidade. Internado no Hospital Nossa Senhora do Rocio, com Traumatismo Crânio-encefálico, o menino recebeu alta nesta terça-feira (22), mas só pode voltar para casa quando tiver montado um quarto especial, quase uma UTI, onde ele deverá viver.
A família do pequeno David não tem condições de, sem ajuda, dar ao menino todo o tratamento e conforto que ele necessita. Alguma ajuda já começou a chegar, mas falta muita coisa, desde cadeira e poltrona especiais, alimentação específica, que é muito cara, e até um tratamento diário, com fisioterapeutas, e equipamentos que podem devolver a ele, algum dia, os movimentos das mãos e das pernas. Há esperanças e, principalmente, existe fé, da família, em conseguir o que David precisa.
A história
Osmarino Castilho (27) e sua mulher Rosangela Castilho, chegaram a Campo Largo há dois anos, vindos de Campo Alegre, Santa Catarina. O destino era Curitiba, onde a família pretendia buscar trabalho para recomeçar a vida econômica. Em Curitiba os preços de locação são muito elevados e o casal resolveu procurar, em Campo Largo, uma casa mais em conta, para alugar. Encontraram, na Rua Antonio Bubniak, nas Águas Claras.
A vida, entretanto, não foi fácil para Osmarino, que estava desempregado desde dezembro último. Só há um mês, com ajuda dos médicos que fazem o tratamento do filho, conseguiu emprego em Curitiba, num shopping, onde faz expediente de 12 por 36 horas, como segurança, e ganha cerca de R$ 900,00. “É um salário bom, mas eu preciso ganhar mais, preciso de um trabalho que possa realizar nas minhas 36 horas de folga, para dar conforto à minha família”, disse ele. O valor, entretanto, não será suficiente para Osmarino dar ao filho todo o tratamento e conforto que ele necessita.
No dia do acidente Osmarino levava o filho para a escola, quando a criança acabou sendo atropelada. De abril até agora, David lutou bravamente pela vida, e conseguiu sobreviver, embora com seqüelas graves. Não fala, não anda e nem recuperou os movimentos dos braços. Ouve normalmente e mexe os olhos, apenas, alimenta-se por sonda e vai necessitar acompanhamento médico e fisioterapia, todos os dias, por um longo período. Há um fio de esperança que ele se recupere, e a família se agarra a esse fio, com muita fé. A solidariedade da população ajudaria a David e sua família, atravessar essa difícil passagem das suas vidas.
Necessidades
David ganhou emprestada, uma cama hospitalar usada, do Provopar Municipal. Ganhou, também, um colchão especial, dado pelos médicos que o acompanham. O pai ainda não sabe de todas as necessidades que terá, para manter o filho em casa. Mas sabe que vai precisar de uma casa nova, já que a atual é alugada e o proprietário já a pediu de volta. Sem saber onde vai morar, a família se prepara para receber David de volta. Uma situação que eles desconhecem como será e terão que aprender vivenciando.
“Ele vai precisar de uma cadeira de rodas especial, com apoio para a cabeça, uma cadeira que possa transportá-lo para todos os lugares que ele vai precisar ir. Vai precisar de uma poltrona, também especial, suporte para a alimentação, vai precisar de muito leite e Sustagem, pois toda a alimentação dele será feita por sonda”, disse o pai. Vai precisar de equipamentos para o preparo da alimentação, fraldas e cobertor térmico. Mas o que ele destaca como maior necessidade, é o tratamento fisioterapêutico, que o menino deverá fazer, todos os dias.
“Esse tratamento, inicialmente, vamos fazer em Curitiba, duas ou três vezes por semana, que é o que ganhamos e damos graças a Deus. Mas ele vai precisar mais, vai precisar que um fisioterapeuta o acompanhe todos os dias, em casa”, disse o pai ainda assustado com a nova realidade da sua vida e da família. Ele tem ainda mais duas filhas, uma menina de 15 e outra e seis anos. A esposa, que trabalhava como diarista, não poderá mais trabalhar fora, para ajudar a família, porque terá que estar em casa 24 horas, à disposição do filho.
Osmarino precisa de ajuda. Seu telefone é 9950-4052.