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Energia Elétrica

04-06-2010
Agência Nacional de Energia Elétrica, deverá definir os novos valores das tarifas de energia elétrica cobrada pela Cocel.

Energia Elétrica

04-06-2010

O percentual do reajuste ainda não está definido, mas antes do dia 23 de junho, a ANEEL- Agência Nacional de Energia Elétrica, deverá definir os novos valores das tarifas de energia elétrica cobrada pela Cocel - Companhia Campolarguense de Energia, válidos até junho de 2011. O presidente da empresa, Udo Schmidt Neto, está discutindo com o pessoal técnico da ANEEL, para que esse reajuste seja o menor possível, mas já sabe que deverá ser algo em torno de 10%, um pouco mais ou um pouco menos.

Segundo Udo, alguns custos que compõem a tarifa sofreram reajustes demasiadamente elevados, como o CCC, uma conta que funciona como um subsídio da energia elétrica distribuída no Norte e Nordeste do País, que subiu 130% esse ano. "São custos que nós não temos controle, determinados pelo Sistema", disse Udo. Ele destacou que a decisão do Operador Nacional do Sistema, de reduzir a produção de energia nas hidrelétricas do Sul e manter as termelétricas do Norte e Nordeste funcionando, para evitar o apagão na rede de transmissão, encareceu a nossa energia elétrica.

Tarifas
Hoje a tarifa de energia elétrica cobrada pela Cocel é de R$ 0,32075 o kWh. Em caso de reajuste próximo de 10% o valor do kWh pode chegar até a R$ 0,36275 ou R$ 0,37000. Para Udo, "nossa expectativa era de um reajuste menor, em razão da redução do valor do dólar, uma vez que a maior parte da energia consumida no Sul do País é fornecida pela Itaipu, comercializada em dólar. E o alto valor do dólar foi o motivo da alta do ano passado. Agora estamos diante de outra realidade, a conta CCC foi reajustada em mais de 130%.

Outra briga da Cocel é para a redução do valor cobrado pela energia fornecida pela Copel, para a distribuidora campo-larguense. Udo defenda a redução do preço em 10%, uma vez que a Cocel paga em dia, toda a energia que compra da Cocel e a Cocel dá desconto para os consumidores que pagam em dia. "Nós acreditamos que temos esse direito, e estamos brigando, desde o ano passado, para conseguirmos essa redução. Se conseguirmos, vamos ter uma tarifa menor porque poderemos repassar essa redução, para os nossos consumidores", disse o presidente da empresa.

Impostos
Udo lembrou, ainda, que "a energia elétrica paga pela população, em todo o País, é cara porque carrega uma carga tributária de mais de 46%. Numa conta de R$ 100,00, o consumidor paga R$ 46,00 de imposto, que vem embutido, nós pagamos e nem nos damos conta disso", explicou. Segundo ele, qualquer percentual a menos, que conseguirmos, será importante, porque vai refletir num custo menor da energia, no Município.

O valor da tarifa paga pelos campo-larguense, hoje, está abaixo da média nacional, mas há diferenças grandes, com a tarifa cobrada, por exemplo, no Amapá, R$ 0,19 o kWk, a menor do País, e tem geração térmica. Os consumidores do Sul do País subsidiam a energia desse estado e de outros da região Norte e Nordeste, cujos valores são, em geral, menores que os cobrados dos consumidores do Sul.