26-05-2010

Crianças de zero a sete anos e meio, devem ser transportadas no banco de trás do veículo, com os equipamentos de segurança exigidos de acordo com a idade. Na teoria tudo bem, porém, na prática poucas pessoas cumprem à risca a determinação.

Os pais com filhos menores de sete anos e meio, que não possuem a cadeirinha necessária para o transporte de crianças em automóveis, tem até o dia nove de junho para se adequar à norma. A partir desta data, a determinação será obrigatória em todo o país, obedecendo a Resolução 227/2008. As crianças de até um ano devem utilizar o "bebê conforto", na posição contrária à locomoção do veículo. De um a quatro anos, devem ser transportadas em cadeirinhas e, de quatro anos até os sete anos e meio, em assento de elevação. Depois desta idade, elas ainda devem ser transportadas no banco traseiro até os dez anos de idade.

Marcos e Ana Rosa Nicco têm três filhos, Maria Valentina de três meses, Enzo de sete anos e Amanda com oito. Eles não sabiam da exigência do assento de elevação para as crianças acima de quatro anos e agora estão providenciando o equipamento necessário para o filho. "Sempre pensei que o uso de cadeirinhas era obrigatório apenas para bebês, e que as crianças mais velhas precisariam apenas ficar no banco de trás. Agora estamos nos adequando à regra e garantindo a total segurança das crianças", diz ela.

Transportar crianças sem o uso das medidas de segurança exigidas é uma infração gravíssima e prevê multa de R$ 191,54, retenção do veículo e sete pontos na carteira de habilitação. Em Campo Largo, os policiais militares já estão orientando os condutores de veículos sobre a utilização. "Muitas pessoas reclamam do custo das cadeirinhas, mas é necessário ressaltar que antes da obrigatoriedade e do preço está a segurança das crianças, que na maioria das vezes, se refere aos filhos dos condutores", afirma o subcomandante da 3ª Companhia do 17º Batalhão da Polícia Militar do Paraná, tenente Fabio Alessandre da Silva.

Segundo o Ministério da Saúde, seis mil menores de 14 anos morrem e 140 mil são hospitalizados por ano no Brasil, vítimas de acidentes. Daniele Cequinel utiliza a cadeirinha desde que seu filho João Victor, hoje com cinco anos, nasceu, pois sempre acreditou que essa seria a melhor maneira de mantê-lo seguro com o carro em movimento. "Frequentemente vejo nos jornais diversas notícias sobre acidentes de trânsito e, na maioria das vezes, as crianças são as mais afetadas. Meu filho só anda na cadeirinha, não adiante chorar ou reclamar", afirma ela.

Com a obrigatoriedade, no início do mês, as fiscalizações da Polícia Militar na cidade acontecerão normalmente, porém, as orientações serão substituídas pelas punições cabíveis, no caso de infrações.