23/05/2012
Estados discutem formas de ampliar suprimento de gás natural
23/05/2012 Fonte: Governo do Estado
A falta de infraestrutura para atender as necessidades de gás natural das indústrias dos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul pode afetar o Produto Interno Bruto (PIB) desses Estados. No caso do Paraná, o prejuízo pode chegar a R$ 100 bilhões por ano. Este foi um dos pontos destacados no workshop realizado nesta terça-feira (22) para discutir as alternativas de suprimento de gás natural para a região Sul. Participaram do evento representantes das distribuidoras de gás natural, de órgãos e secretarias do governo, instituições e sindicatos, além de profissionais do Ministério de Minas e Energia (MME), da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e da Petrobras.
De acordo com o diretor-presidente da Compagas (concessionária responsável pelo fornecimento de gás natural no Paraná), Luciano Pizzatto, além do prejuízo no PIB, com a falta de estrutura para a distribuição de gás natural o Paraná deixa de gerar cerca de 450 mil novos empregos. “Seguindo a determinação do governador Beto Richa, vamos buscar alternativas que viabilizem a interiorização do combustível para agregar mais competitividade à indústria do Paraná, bem como de todo o Sul, possibilitando a criação de novos postos de trabalho e o aumento do PIB”, disse.
Entre as alternativas apontadas como possíveis para atender a demanda estão a recapacitação do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), com a ampliação dos city-gates (estações de medição a partir das quais o gás é transferido para sistemas de distribuição) e da compressão, além da construção de novos dutos interligando os pólos de consumo. Uma das alternativas é ligar um gasoduto oriundo do Gasbol a Londrina e expandi-lo, passando pelo interior de Santa Catarina e chegando ao município de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
As soluções apontadas partem de ações conjuntas das distribuidoras. Esta união é aprovada pelos órgãos federais, conforme Aldo Barroso, representante do Ministério de Minas e Energia e José Cesário, representante da Agência Nacional de Petróleo. “As distribuidoras, em conjunto, devem tomar iniciativas para ampliar a distribuição do combustível. Cito como exemplo a instalação de um terminal de recebimento e regaseificação do gás natural liquefeito (GNL). As distribuidoras podem se reunir em consórcio, solicitar um financiamento e implantar o terminal em uma região que viabilize o fornecimento a todos”, alega Cesário.
No entanto, de acordo com estudos realizados pela Petrobras, a ampliação do Gasbol é mais econômica do que a instalação de um terminal de GNL. “A Petrobras monitora permanentemente as variáveis do mercado e realiza estudos, isoladamente ou em conjunto com outras empresas, a fim de identificar oportunidades de ampliação do suprimento de gás natural à Região Sul. A Petrobras continua comprometida com o desenvolvimento responsável e sustentado da indústria do gás natural”, diz Luciana Bastos de Freitas Rachid, gerente-executiva de Logística e Participações em Gás Natural da Petrobras.
A partir deste workshop, novas ações serão estruturadas pelas companhias para tornar factíveis as soluções apontadas. O evento foi realizado na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba, e organizado pelas distribuidoras de gás natural da Região Sul – Compagas, SCGás, Sulgás –, e do Mato Grosso do Sul, em conjunto com o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) e com as Federações das Indústrias dos Estados