18/05/2012

A personalização das placas de alguns veículos públicos, em Campo Largo, caso denunciado na Câmara Municipal, é assunto dos mais sérios, e grave. Segundo o vereador Wilson Andrade, depois de meses de investigação concluiu, com provas documentais, que pelo menos seis veículos da Prefeitura Municipal foram emplacados com pagamento de “taxa de personalização”. As placas foram escolhidas com iniciais AEB (caracterizando Administração Edson Basso).
Desde que começou a levantar documentos sobre o assunto, o vereador recebeu informações diretas do prefeito Edson Basso de que não havia pagamento de taxas de personalização, no Detran. Mas buscando provas documentais, o vereador acabou recebendo informações do Detran de que as placas foram personalizadas, com pagamento de taxas, legalmente. Se o prefeito não sabia do caso, quem teria feito esta personalização? E a mando de quem? Alguém querendo agradar o chefe, teria decidido por conta própria, personalizar os novos veículos com as iniciais AEB? Teria pago as despesas do próprio bolso? Isso é possível? Se for, há uma brecha na legislação e qualquer pessoa, de boa ou má fé, pode “ferrar” com uma autoridade pública, personalizando placas de veículos públicos que podem, mais tarde, causar processo e até cassação de mandato.
O caso da personalização das placas dos veículos da Prefeitura Municipal de Campo Largo precisa ser esclarecido sem açodamento, com muito critério, com paciência e sem viés político. Se alguém determinou a personalização, ou autorizou, “assinou embaixo, a ideia”, se autorizou o pagamento, com recursos públicos, deve sim ser responsabilizado pelo ato. Se alguém, usando o cargo público, pagou por fora, as taxas de peronalização, esse alguém também deve ser responsabilizado. O que não pode é achar que está tudo bem, que o caso pode ser empurrado com a barriga até após a eleição de Outubro. Também não deve o episódio ser utilizado na campanha eleitoral, mas precisa servir de exemplo para que não mais aconteça.