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Cesta básica fica mais cara na maioria das cidades brasileiras

Cesta básica fica mais cara na maioria das cidades brasileiras

07/05/2012  Fonte: R7 Notícias

Ao contrário de março e fevereiro, quando os preços da cesta básica caíram na maioria das cidades pesquisadas, o conjunto de produtos essenciais ficou mais caro em abril em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo  Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), segundo divulgação feita nesta segunda-feira (7).

As maiores altas foram verificadas em Manaus (3,80%), Fortaleza (3,54%), Natal (2,93%) e Salvador (2,84%). 
 

As duas únicas cidades que apresentaram queda foram Rio de Janeiro (-1,83%) e Belo Horizonte (-0,82%).

Vilões
Itens como óleo de soja, feijão, leite, pão e tomate pesaram mais no bolso do consumidor em abril, com alta nos preços registrada em, pelo menos, dez localidades.

Preços mais altos

O levantamento de preços revela que apesar de a maior variação mensal ter ocorrido em Manaus (alta de 3,8%), a capital paulista continuou a registrar o maior valor para o conjunto de alimentos essenciais em abril: R$ 277,27, contra R$ 267,19 da cidade amazonense.

O segundo maior valor foi apurado em Porto Alegre (R$ 268,10). Aracaju (R$ 192,52) continuou a apresentar o menor custo, seguido por João Pessoa (R$ 216,95).

Salário mínimo ideal

Em abril, o brasileiro que ganha o salário mínimo (R$ 622) precisou de 98 horas – equivalente a  quatro dias – para comprar a cesta básica do mês. O preço do pacote de alimentos e produtos básicos corresponde a 48% do salário líquido (descontada a Previdência) do trabalhador que ganha o mínimo.

Para estimar o valor ideal do salário mínimo, capaz de atender às necessidades básicas do trabalhador, os técnicos do Dieese levam em consideração o maior custo para o conjunto de itens básicos - que em abril ocorreu em São Paulo (R$ 277,27).

O Dieese considera também a premissa básica da Constituição de que o menor salário pago deve suprir as despesas de um trabalhador e a respectiva família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. 

Para atender a essas necessidades, em abril, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.329,35, o que corresponde a 3,74 vezes o mínimo em vigor. Em março, o valor do menor salário deveria ser de R$ 2.295,58, ou 3,69 vezes o mínimo vigente.

Veja o valor da cesta básica nas capitais

Manaus – R$ 267,19
Fortaleza – R$ 218,87
Natal –  R$ 225,41
Aracaju – R$ 192,52
João Pessoa – R$ 216,95
Goiânia –  R$ 235,36
Belém – R$ 248,41
Brasília –  R$ 255,50
Vitória – R$ 262,14
Recife – R$ 223,97
Porto Alegre – R$ 268,10
São Paulo – R$ 277,27
Curitiba – R$ 249,36
Salvador – R$ 217,92
Florianópolis – R$ 257,90
Belo Horizonte – R$ 258,78
Rio de Janeiro – R$ 252,04