30/12/2011
Alguns cuidados aos cachorros são essenciais principalmente no verão.
30/12/2011
Os cuidados com os animais de estimação precisam ser ainda maiores no verão, pois com o calor há mais riscos de contraírem algumas doenças. Além disso, é a época em que mais leva-se os cachorros para viajar ou até mesmo os donos viajam e deixam os pets em casa.
A veterinária Lucila Durigan, da Clínica Veterinária São Francisco de Assis, diz que o ideal é, quando os donos dos cachorros forem viajar, levarem os animais juntos. Mas para isso é preciso estar com as vacinas; vermífugos; anti pulgas, carrapatos e moscas em dia. Mas em casos que não seja possível levar o animal de estimação junto, é preciso alguns cuidados.
Segundo Lucila, tem cachorro que é mais apegado aos donos por viverem dentro de casa, principalmente nos casos dos cães de pequeno porte, que muitas vezes até dormem com os donos. Uma semana longe do animal, pode deixá-lo até com depressão, explica ela. Mas quando não é possível que ele viaje junto, ela recomenda que o deixe em um hotel próprio para cães, onde ele será bem cuidado.
“Não é bom deixar o cachorro sozinho em casa, mesmo que seja apenas um final de semana”, alerta a veterinária. Ela explica que a quantidade de comida que o cachorro ingerir pode não ser a ideal, além disso por ficar a comida exposta pode atrair formiga e o cão comer. Ainda, sem querer, o animal pode virar o pote de água e a partir disso ficar sem água. Caso não seja possível deixar em hotel, ela aconselha pedir a algum parente ou amigo que vá pelo menos duas vezes ao dia verificar se o animal está bem.
Cachorros de grande porte, segundo ela, já são mais fáceis de se adaptar, pois já estão acostumados a dormir em canil. Nesses casos, a maior preocupação é em deixar comida e água.
Doenças
Devido ao calor, a proliferação de pulgas, carrapatos e moscas é ainda maior. E, ao entrarem em contato com os animais, podem transmitir doenças. Há vermes que entram no ciclo da pulga e, assim, podem causar verminose no pet. A mosca pode causar miiase (bicheira), berne e também pode acontecer casos de moscas hematófogas, que são as moscas ao redor da orelha do animal.
Para evitar as doenças através desses parasitas, é preciso que o cão adulto tome vermífugo a cada quatro meses e ainda seja sempre usado repelentes e carrapaticidas. Em filhotes, esse cuidado deve ser mensal.
Devido ao calor, deve-se dar água à vontade ao animal e trocá-la várias vezes ao dia. “E não se deve dar comida caseira principalmente agora, porque o calor fermenta mais rápido a comida e por isso temos maior incidência de gastrointerite nesta época”, avisa.
Os cuidados com as vacinas devem ser durante todo o ano e principalmente se for viajar ou ficar em hotel que tenha contato com mais cachorros.
Lucila enfatiza ao falar de uma doença que está se tornando mais frequente, a Dirofilariose. Acontece em regiões mais úmidas, como no litoral. Também conhecida por parasita do coração, essa doença é causada por um mosquito que transmite ao cão as larvas do parasita, que então penetram nos vasos sanguíneos e se alojam no coração. Pode causar uma redução considerável da função cardíaca, dificuldades respiratórias e uma tosse crônica.
Na fase inicial da doença o cão apresenta poucos sintomas, podendo levar meses para alguma manifestação, quando a dirofilária pode atingir até 35cm de comprimento nas artérias pulmonares e coração. Depois começa a tosse crônica, a diminuição da tolerância ao exercício e a perda de peso. Posteriormente aparecerão a dispneia (dificuldade em respirar), a febre, podendo desenvolver-se também ascite (líquido na cavidade abdominal). Sem tratamento, a doença pode ser fatal. Essa doença é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida a humanos.