07/10/2011
Emagrecer é uma busca constante da maioria das pessoas, principalmente mulheres. Sempre uma novidade aparece prometendo eliminar os quilos extras e, mesmo sem conhecimento a respeito, muitos aderem às novas técnicas e remédios.
Um caso que tem sido muito comentado e gerado polêmica é o uso do medicamento Victoza. Em entrevista com algumas farmácias da região central de Campo Largo, pode-se constatar que tem tido uma grande procura por este remédio, principalmente por frequentadores de academias e pessoas acima do peso, mas que está em falta por não encontrarem para comprar do fabricante.
A procura do Victoza tem sido por pessoas que querem emagrecer, mas na verdade este medicamento é para tratamento de diabetes tipo 2, portanto não deve ser usado para outra finalidade. Contém a substância liraglutida e é de uso injetável, comercializado no Brasil desde março de 2010.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, é indicado como adjuvante da dieta e atividade física para atingir o controle glicêmico em pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2, para administração uma vez ao dia como monoterapia ou como tratamento combinado com um ou mais antidiabéticos orais (metformina, sulfoniluréias ou uma tiazollidinediona), quando o tratamento anterior não proporciona um controle glicêmico adequado.
Não há por parte da Anvisa qualquer indicação do produto para outra finalidade, como redução de peso e tratamento de obesidade e a Agência ainda avisa que o uso do produto para qualquer outra finalidade que não seja como antidiabético caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população.
Reações adversas
Por se tratar de um remédio novo, a bula já traz a informação de que “este produto é um medicamento novo e, embora pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso informe seu médico.”
Em alguns estudos clínicos já foram relatados reações como hipoglicemia, dores de cabeça, náusea e diarréia. Ainda, em menores proporções, pode causar pancreatite, desidratação e alteração da função renal e distúrbios da tireóide, como nódulos e casos de urticária. Outro risco é reação como alergia e anafilaxia até efeitos inesperados mais graves.